Arquidiocese de Braga -

22 setembro 2022

Áustria irá propor ao Sínodo superar o distanciamento entre consagrados e leigos

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

Nenhum bispo participou na síntese nacional enviada a Roma com as contribuições feitas a partir de diferentes grupos.

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A Conferência Episcopal da Áustria apresentou a síntese das contribuições feitas para o Sínodo sobre Sinodalidade. A “Síntese Nacional sobre o Processo Sinodal” pede à Igreja que se actualize na justiça de género, na promoção de mulheres em cargos de liderança na Igreja e nas oportunidades para que os leigos se envolvam.

Enviado à secretaria vaticana correspondente em meados de Agosto, nenhum bispo participou na preparação do documento.

O Presidente da Conferência Episcopal, Franz Lackner, Arcebispo de Salzburgo, e o responsável pelo processo Josef Marketz, bispo de Gurk-Klagenfurt, simplesmente escreveram a apresentação na qual agradecem e apoiam “o trabalho realizado no caminho comum, embora isso às vezes também signifique opor-se a ele”.

 

Maior envolvimento de todos

Na síntese, aparecem as preocupações quotidianas que são vividas nas comunidades paroquiais e exige-se uma maior participação dos leigos na liturgia, esforços para usar uma linguagem mais compreensível na liturgia e na pregação, o tratamento pastoral com as pessoas excluídas da vida eclesial de várias maneiras, a superação dos abusos ou a promoção da formação cristã.

Propõem, nos níveis correspondentes, estudar temas como o acesso das mulheres ao ministério ordenado – pelo menos ao diaconado –, o celibato obrigatório como condição para a admissão ao ministério ordenado ou a adaptação de opiniões doutrinais em questões como a moral sexual. Alguns grupos criticaram a distância entre consagrados e leigos e lamentaram a falta de sacerdotes ou a falta de envolvimento no trabalho voluntário.

Outra questão apontada, segundo o portal Katholisch, é que muitos grupos sentem que não são suficientemente ouvidos. Isto é especialmente verdadeiro no caso dos jovens, cujos problemas dificilmente são levados em conta.

Há o desejo de uma Igreja “que chegue às pessoas, torne a misericórdia de Deus tangível para todos e cuide das suas necessidades, com uma opção clara pelos pobres e desfavorecidos”, algo que pode ser feito através da Cáritas como presença eclesial ou com maior diálogo com a sociedade.

Artigo de Mateo González Alonso, publicado em Vida Nueva Digital a 22 de Setembro de 2022.