Arquidiocese de Braga -

16 novembro 2021

Salamanca e Cidade Rodrigo irão partilhar o bispo: D. José Luis Retana

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

A diocese não terá um bispo residencial, como pedem os fiéis desde a renúncia de D. Raúl Berzosa.

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A Santa Sé tornou pública hoje, segunda-feira, 15 de Novembro, a nomeação de José Luis Retana Gozalo (Pedro Bernardo, 1953) como bispo de Salamanca e Cidade Rodrigo sob a fórmula in persona episcopi (na pessoa do bispo), de forma que tenham o mesmo bispo, mas sem modificar a estrutura de nenhuma das duas dioceses.

O Papa Francisco nomeou o até agora bispo de Plasência para ambas as dioceses, pelo que a histórica sede mirobriguense não terá um bispo residencial como os fiéis têm pedido – com o Centro de Estudos Mirobriguenses à frente – desde a renúncia de Raúl Berzosa em Janeiro de 2019. Desta forma, ocorre uma anexação diocesana como ocorreu com Huesca e Jaca, ou como ocorreu no passado com Coria e Cáceres.

Retana, depois de quatro anos em Plasência, substituirá Berzosa em Cidade Rodrigo e Carlos López Hernández em Salamanca, que havia pedido a renúncia há quase um ano após completar 75 anos, idade fixada pelo Código de Direito Canónico para a jubilação episcopal.

 

Artigo de Rubén Cruz, publicado em Vida Nueva Digital a 15 de Novembro de 2021.

 

Quem é José Luis Retana?

José Luis Retana nasceu em Pedro Bernardo (Ávila), a 12 de Março de 1953. Ingressou no Seminário Menor de Ávila em 1964 e depois, em 1968, no Seminário Maior. Em 1971 ingressou no Teologado que a diocese de Ávila abriu em Salamanca, para estudar Teologia na Pontifícia Universidade de Salamanca (1971-76), onde se graduou como Bacharel em Teologia em 1977.

Mais tarde, foi para Friburgo (Suíça) para continuar os estudos (1976-78). Em 1979 obteve a licenciatura em Teologia pela Pontifícia Universidade de Salamanca. Foi ordenado sacerdote a 29 de Setembro de 1979.

Até à sua posse como bispo da Diocese de Plasência, foi Vigário Episcopal para as instituições educativas da Diocese de Ávila (desde 2012). Foi decano da Sé de Ávila (de 2015 a 2017) e adjunto da Direcção do Património (de 2002 a 2017).

Também foi director do Centro de Educação Especial Santa Teresa de Martiherrero para doentes mentais e capelão do Movimento Comunhão e Libertação (de 2002 a 2017); pároco de São Pedro Baptista de Ávila e arcipreste do arciprestado da cidade de Ávila (de 2012 a 2017). Foi membro do colégio de consultores e do conselho presbiteral (de 1998 a 2017).

No ministério sacerdotal, desenvolvido na diocese de Ávila, ocupou os seguintes cargos, entre outros: formador e professor no colégio diocesano Assunção de Nossa Senhora (1979-1993); Reitor do Seminário Diocesano de Ávila de Salamanca (1993-1999 / 2003-2012); Vigário paroquial na paróquia Coração Imaculado de Maria da cidade de Ávila (1999-2003), Vigário episcopal para as relações com as instituições diocesanas de Educação e Secretário particular do Bispo (1997-2006).

Na Conferência Episcopal Espanhola é membro da Comissão Episcopal para a Educação e Cultura.

 

Renovação episcopal

Depois da quantidade enorme de nomeações desta segunda-feira – bispo de Salamanca e Cidade Rodrigo, Arcebispo Castrense e Auxiliar de Toledo – o núncio apostólico na Espanha, Bernardito Auza, continua a ter uma missão, pois há cinco dioceses espanholas que permanecem vagas. Plasência, Coria-Cáceres, Terrassa, Solsona e Calahorra e La Calzada-Logroño esperam por um pastor.

Sete padres foram promovidos ao episcopado nos dois anos de Auza em Espanha, enquanto os demais foram transferidos: Javier Vilanova, como bispo auxiliar de Barcelona; Francisco Prieto, como bispo auxiliar de Santiago; Fernando García Cadiñanos, como bispo de Mondoñedo-Ferrol; José Antonio Satué, como bispo de Teruel e Albarracín; Vicente Ribas Prats, como bispo de Ibiza e Formentera; Francisco César García Magán, como bispo auxiliar de Toledo; e Fernando Valera, como bispo de Zamora.

Por outro lado, Auza tem bispos com o plano de jubilação em cima da mesa: Francesc Pardo, bispo de Girona, Eusebio Hernández Sola, bispo de Tarazona; Antonio Cañizares, arcebispo de Valência; Carlos Osoro, Arcebispo de Madrid; Julián Barrio, Arcebispo de Santiago; Jesús Murgui, bispo de Orihuela-Alicante; Juan José Omella, Arcebispo de Barcelona; Ricardo Blázquez, Arcebispo de Valladolid; e Atilano Rodríguez, bispo de Sigüenza-Guadalajara.

Outro prelado deve apresentar a sua renúncia, já que completou 75 anos em 2021: Adolfo González Montes, bispo de Almería. E já está de saída, pois a 25 de Maio um decreto de Roma entregou a diocese ao seu coadjutor, Antonio Gómez Cantero.