Arquidiocese de Braga -

9 fevereiro 2023

V DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO A

Fotografia

Francisco Marcelino Monteiro Esteves

V Comum_ano A_Boletim de Mire de Tibães nº 487_2023-02-05 e Lectio Divina

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V DOMINGO COMUM, ANO A

A luz é uma imagem poderosa para expressar a identidade da fé cristã. Se alguém perguntar o que é isso de ser cristão, podemos responder com esta imagem retirada do evangelho: ser cristão é ser luz do mundo.

SER LUZ DO MUNDO

A luz é Jesus Cristo presente no Círio Pascal, do qual podemos acender os corações, de modo a sermos luz do mundo. A luz é Jesus Cristo presen­te na Palavra de Deus, com a qual podemos alimentar a nossa vida, de modo a sermos luz do mundo. Na verdade, nós somos reflexos de uma luz maior, somos centelhas da Luz.

A nós compete-nos, em primeiro lu­gar, recuperar a luz que é própria da fé. A luz da fé tem uma capacidade especial de iluminar toda a nossa existência, escreveu o Papa Francis­co, na Carta Encíclica sobre a fé.

Depois, como explica o Mestre, compete-nos deixar que a luz da fé brilhe em nós através das nossas boas obras. As boas obras são a expressão prática da nossa fé. Isto é o específico do discípulo: viver as bem-aventuranças, não para se van­gloriar, mas para a glória de Deus.

A ser luz todos somos chamados desde o nosso batismo. Ser cristão é viver iluminado por Jesus Cristo. Ao adulto, no momento do batismo, é-lhe dito ao receber a vela acesa a partir do Círio Pascal: «Agora és luz em Cristo. Vive sempre como filho/a da luz». No batismo das crianças, lembra-se aos pais e padrinhos que a eles «se confia o encargo de velar por esta luz, para que este/a menino/a, iluminado/a por Cristo, viva sempre como filho/a da luz». A todos se exorta à perseverança na fé, na prática das boas obras.

Hoje, eu posso permitir que a luz da fé brilhe diante dos outros. Sou chamado a ser luz para dissipar as trevas que entristecem o mundo, seja o pequeno mundo do nosso quotidiano, seja o inteiro mundo que tantas vezes vive sem espe­rança. Isaías concretiza: «Se tirares do meio de ti o jugo da opressão, o dedo acusador e as palavras de maldade, se ofereceres ao faminto algo do que precisas e matares a fome ao indigente, então a tua luz brilhará nas trevas». Ainda que seja uma luz pequenina, tem a capaci­dade de clarear os nossos cansa­ços, tem a capacidade de iluminar as nossas discussões e aquecer as relações, quando fraquejamos na amizade e no amor. Ser luz é a nossa identidade e a nossa missão!

 


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