Arquidiocese de Braga -

1 fevereiro 2023

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO A

Fotografia

Francisco Marcelino Monteiro Esteves

IV Comum_ano A_Boletim de Padim da Graça nº 435_2023-01-29 e Lectio Divina

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IV DOMINGO COMUM, ANO A

As bem-aventuranças iluminam o ser e a vida do cristão, oferecem-nos um novo ponto de vista sobre o mundo. As bem-aventuranças revelam-nos que a presença e a ação de Deus introduzem o ser humano na essência da felicidade.

FELICIDADE

A fé cristã, para muitas pessoas, está associada a proibições e res­sentimentos, a quase tudo o que é enfadonho. É uma tremenda perda, quando a fé rima apenas com frus­tração e sofrimento, medo e pecado.

O Sermão da Montanha pode aju­dar-nos a perceber a fé cristã como uma prática de liberdade e de espe­rança. É mais do que uma doutrina e normas morais. Podemos dizer que a liberdade e a esperança são características que nos configuram no seguimento de Jesus Cristo.

Aqui está um bom motivo para ini­ciarmos um contacto frequente com a Bíblia, com o método da Leitura Orante. É um modo eficaz de reno­vação da fé, um modo adequado de permitirmos que Jesus Cristo inspire a transformação da nossa vida.

Há uma nova condição que se apre­senta aos bem-aventurados: deles é o reino dos céus; serão consolados; para eles haverá misericórdia; serão chamados filhos de Deus. E a con­clusão não deixa dúvidas: “A vossa recompensa é grande nos céus”.

A felicidade começa na situação concreta de cada um. Não há aque­le momento certo para se ser feliz. Em cada momento é possível uma experiência profunda de serenida­de e de alegria, não por causa das nossas capacidades, mas pela ação da graça de Deus em nós.

No original grego, explica-nos o Papa, «não indica alguém que tem a barriga cheia ou está bem na vida». Feliz, bem-aventurada, é «uma pes­soa que está em condição de graça, que progride na graça de Deus e no caminho de Deus: a paciência, a pobreza, o serviço aos outros, a consolação... Quantos progridem nestes aspetos são felizes e serão bem-aventurados».

E se disséssemos que ser feliz não é a meta, mas o ponto de partida. Porque não é temporária a feli­cidade proclamada pelo Mestre, destinada a desaparecer perante as provações. Quando a assumimos como ponto de partida, a felicidade permanece e até pode sair fortale­cida, crescer e amadurecer, diante dos contratempos. Assim nasce o encanto da vida!

 


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