Arquidiocese de Braga -

“Há três dias que posso caminhar”. Isto foi confirmado pelo próprio Papa Francisco ao chegar ao salão do Palácio Apostólico do Vaticano, onde os bispos brasileiros o esperavam, numa visita “ad limina”, segundo informa Europa Press através do vídeo transmitido pela Sala Stampa ao Rome Reports.

O Pontífice caminha há alguns dias com uma bengala. Mas foi ontem, durante a sua audiência com as famílias missionárias do Caminho Neocatecumenal, que estacionou a sua cadeira de rodas, pelo menos em público.

Já desde a sua participação na quarta-feira passada no Encontro Mundial das Famílias em Roma começou a usar a bengala para alguns movimentos, como fez durante a missa de encerramento do mesmo evento no Sábado ou na audiência com a família de D. Orione no mesmo dia.

Francisco usa a cadeira de rodas desde 5 de Maio devido à lesão no joelho direito, que o obrigou, entre outras coisas, a adiar a sua viagem planeada à África para o início de Julho. No entanto, o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, visitará nestes dias o Sudão do Sul e a República Democrática do Congo, enviado pelo Papa.

Jorge Mario Bergoglio passa por sessões de fisioterapia de duas horas todos os dias para se recuperar e evitar uma operação. As previsões médicas devem ser animadoras, já que a viagem ao Canadá está na agenda no fim de Julho, o que foi confirmado pelo Vaticano, que já divulgou o programa da visita.

Será Papa “até que Deus permita”

É claro que o Papa se sente muito à vontade nas suas audiências com os bispos brasileiros, que chegam em grupo ao Vaticano, pois na semana passada confirmou aos prelados vindos da Amazónia que não pretendia renunciar e expressou o seu desejo de ser o Sucessor de Pedro “enquanto Deus permitir”.

“Ele afirmou que tem muitos desafios, mas que o que está a circular na imprensa não passa pela sua cabeça”, confirmou o arcebispo de Porto Velho, Roque Paloschi, em entrevista publicada pelo Vatican News.

Segundo o prelado, que colocou a frase literal na boca do Papa, é claro que Francisco tem “uma grande força”, o que “dá a todos muita força”.

“Às vezes até sentimos vergonha de nós mesmos por estarmos ali a reclamar de tantas coisas. O Papa tem muito ânimo!”, destacou Paloschi, um dos 17 bispos amazónicos que compõem a delegação brasileira.

Artigo de Rubén Cruz, publicado em Vida Nueva Digital a 28 de Junho de 2022.