Arquidiocese de Braga -

4 novembro 2021

Bispo de Legazpi: Sínodo também escuta os reclusos

Fotografia DR

DACs com Asia News

Para D. Baylon, o compromisso da Igreja ao serviço dos presos também representa “uma resposta ao convite do Papa Francisco neste Sínodo sobre a sinodalidade”.

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O caminho sinodal para o qual o Papa Francisco convocou a Igreja nos próximos dois anos deve envolver também os reclusos.

Esta é a esperança expressa pelos bispos filipinos na mensagem divulgada por ocasião do Domingo dedicado à pastoral dos presos, que se celebra no país no dia 31 de Outubro.

O bispo de Legazpi, D. Joel Baylon – presidente da Comissão para a Pastoral dos Presos na Conferência Episcopal das Filipinas – escreve que o dia é uma oportunidade para reafirmar os valores que estão na base do compromisso dos capelães, religiosos e leigos que cumprem o seu serviço nas prisões: “a defesa da vida, o respeito pela dignidade da pessoa e pelos direitos humanos das pessoas privadas de liberdade, a ajuda na defesa em tribunal enquanto aguardam julgamento e a promoção da confiança de que, quando lhes for oferecida uma nova oportunidade, poderão voltar a sentir-se acolhidos na sociedade”.

Mais de 165 mil pessoas estão actualmente detidas em prisões filipinas, das quais 63,9% aguardam julgamento.

Ainda se trata de um dos sistemas penitenciários mais superlotados do mundo, apesar de algumas dezenas de milhares de presidiários terem sido libertados da prisão durante a crise de Covid-19.

Para D. Baylon, o compromisso da Igreja ao serviço dos presos também representa “uma resposta ao convite do Papa Francisco neste Sínodo sobre a sinodalidade”.

“Um caminho para nos reconhecermos na Igreja, especialmente aqueles que se encontram em situações especiais: os que estão relegados à margem da sociedade, os que são esquecidos ou são julgados pelos erros que cometeram para com os outros e a comunidade. E isso é especialmente válido para os que estão na prisão”, comenta.

“Asseguremo-nos que lhes é oferecida a experiência da solidariedade e da sinodalidade, reconhecendo como Igreja a sua dignidade como seres humanos, defendendo a sua vida, os seus sonhos, as suas esperanças. E que o Espírito Santo nos apoie nestes esforços e os torne frutíferos e significativos”, conclui.

Artigo publicado em Asia News, a 30 de Outubro de 2021.