Arquidiocese de Braga -
23 novembro 2020
XXXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM, ANO A
Francisco Marcelino Monteiro Esteves
XXXIV_ano A_Boletim de Padim da Graça nº 321_2020-11-22
TRIGÉSIMO QUARTO DOMINGO, ANO A
A solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo coloca um ponto final no ano litúrgico que percorre a vida, morte e ressurreição do Senhor.
Em todos os tempos, o ser humano sempre se questiona sobre o final da história e sobre os sinais que o anunciam e confirmam. Para nós, cristãos, o fim dos tempos já teve o seu início em Jesus Cristo, que nos há de conduzir até à plenitude: «Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram».
Esta primazia ou realeza não se exerce na lógica do poder, mas do amor: por um lado, é como o pastor que «vigia o seu rebanho», busca a ovelha perdida, reconduz a tresmalhada, cuida a ferida, leva-a a repousar e «guia pelas sendas direitas»; por outro, é como um dos «irmãos mais pequeninos» que espera a coerência da nossa caridade.
Os «irmãos mais pequeninos» nos quais Jesus Cristo se torna presente e visível são os famintos, os sedentos, os nus, os peregrinos, os doentes, os prisioneiros... Todos os que, mesmo sem o verem neles, praticam as obras de misericórdia, recebem o convite: «Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino».
Aqui está o sentido cristão da existência terrena, o critério de avaliação da qualidade da nossa vida: «Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes». São João da Cruz exprimiu-o desta forma: «Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor».
Jesus Cristo não quer a nossa condenação; quer que aprendamos a viver a dinâmica do amor, no serviço aos irmãos.
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