Arquidiocese de Braga -

20 abril 2017

Cerimónia da retirada das Espadas e coroação de N.ª Sr.ª das Dores

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Ritual, comentários, textos e orações

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CERIMÓNIA DA RETIRADA DAS ESPADAS E COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA DAS DORES

1. CÂNTICO A NOSSA SENHORA

2. RETIRADA DAS ESPADAS

LEITOR 1:
    Depois de termos participado nesta sagrada Vigília, olhamos para Maria como aquela que foi sinal de Comunhão plena e permanente com Deus e com os homens, em Seu Filho. Maria acolhe, encontra, acompanha, contempla e ama. 
    Antes do nascimento de Jesus, Maria sofreu a incompreensão da parte de José. Naturalmente que reagiu, chorando.

LEITOR 2:    
    Continua a chorar porque participa das incompreensões com que se debatem todos os dias os homens e mulheres da terra.    
    Saibamos nós, cada dia, ajudá-la a tirar-lhe esta espada do seu peito, com a nossa melhor compreensão para com os demais.

(retira-se a primeira espada)

CÂNTICO

LEITOR 1:
    Maria sofreu na sua longa viagem para obedecer ao decreto de César e, por esse motivo suportou as decisões dos grandes, dos poderosos e o egoísmo daqueles que só pensam nos seus próprios problemas.    

LEITOR 2:
    Retiremos esta espada da Senhora ajudando-a a carregar, como ela fez, os pesados fardos dos outros, porque por vezes nada mais há a fazer.


(Retira-se a segunda espada)

CÂNTICO

LEITOR 1:
    A fuga para o Egipto, a prepotência absurda dos grandes da terra e a matança dos inocentes, decerto que foram sensíveis para o coração de Maria.

LEITOR 2:
    Concerteza que ela reagiu a todos estes males rezando pelos pecadores. 
    Ajudemo-la nós, hoje, procurando lutar pela preservação da vida humana desde o nascimento até à morte e rezando à Senhora, pedindo-lhe para que ela continue a rezar por nós e connosco.

(Retira-se a terceira espada)

CÂNTICO

LEITOR 1:
    Maria encontra-se novamente com a dor quando lhe aparece Simeão. Ela não compreendeu bem, mas reagiu a esta profecia com toda a sua coragem de mulher forte, perante a contradição com aquilo que lhe tinha sido anunciado pelo Anjo.

LEITOR 2:
    Procuremos nós colaborar com Nossa Senhora reagindo às próprias adversidades e às prováveis contradições daqueles que nos rodeiam, ganhando coragem e procurando encorajar os outros nas suas dificuldades.


(Retira-se a quarta espada)

CÂNTICO

LEITOR 1:
    Maria entra em angústia, fica aflita, quando Jesus com a idade de 12 anos, sem nada lhe dizer, permanece no Templo de Jerusalém porque tinha de corresponder à vocação a que Seu Pai O chamara.

LEITOR 2:
    Saibamos corresponder à nossa vocação e não deixemos que, por qualquer motivo, nós cristãos, pais ou não, impeçamos os outros de serem fiéis à escuta de Deus na escolha e seguimento da vocação para que são chamados pelo Senhor. 


(Retira-se a quinta espada)

CÂNTICO

LEITOR 1:
    Uma espada agudíssima atravessa o coração de Maria quando descobre que Jesus é recusado pelos seus conterrâneos, por eles escarnecido e chamado de louco, sofre a desconfiança e incompreensão dos seus parentes.

LEITOR 2:
    Como Maria, aceitemos com serenidade e compreensão esses comportamentos inexplicáveis, às vezes violentos, de familiares e dos que pensávamos serem os nossos maiores amigos. Tenhamos a coragem de Nossa Senhora, aproximando-nos deles, sem pretendermos esquivar-nos a esse sofrimento e solidão.


 (Retira-se a sexta espada)

CÂNTICO

LEITOR 1:
    Junto da cruz, Maria vê-se imersa na profundidade de um mal injusto, gratuito, aguerrido, cruel. Talvez o que a fizesse sofrer ainda mais fosse a falta de confiança no Seu Filho. 
    Diante deste gigantesco mal a Senhora reage mostrando com a presença junto da cruz, que, apesar de tudo, a vida tem sentido.

LEITOR 2:
    Saibamos, como Ela, em todas as circunstâncias, mostrar que cada acontecimento da vida, por mais terrível que nos pareça, se reveste de profundo significado e n’Ela encontremos coragem para seguir para diante, acreditando sempre na infinita bondade de Deus que extrai o bem de onde, aparentemente, só existe mal.

(Retira-se a sétima espada)

CÂNTICO
    
SACERDOTE:
    
    Mãe do Redentor:
    Nós vos proclamamos bem-aventurada! 
    Deus Pai escolheu-vos antes da criação do mundo para realizar o seu desígnio providencial de salvação. Vós acreditaste no Seu amor e obedecendo à Sua Palavra sofrestes todas as dores que a vida vos foi proporcionando. 
    A vós, Mãe de todos os homens e das nações, entregamos, confiantes, a humanidade inteira, com os seus temores e esperanças. Não deixeis que nos falte a luz da verdadeira sabedoria para encontrarmos caminhos de mudança que nos levem a encontrar o vosso Filho: caminho, verdade e vida. Por isso vos aclamamos e coroamos como Raínha dos Anjos,e dos Homens, dos Céus e da Terra, a fim de nos alcançardes a graça da salvação eterna, por todos os séculos sem fim. 

ASSEMBLEIA: Amen.


(coroa-se  Nossa Senhora)

ENTREGA DOS RAMOS DAS CRIANÇAS

SACERDOTE:    
    Em nome de todas estas crianças e jovens vou ler as suas petições à Senhora nossa Mãe:

Senhora das Dores,
nossa Mãe e nossa Rainha,
oferecemo-vos estas flores
como agradecimento pela nossa vida
e pelo vosso amor.
Dedicamo-vos tudo o que fizermos
e a humilde ajuda que conseguirmos oferecer.
Apresentamo-vos 
todas as pessoas que amamos:
os nossos pais e familiares,
todos os amigos,
as pessoas 
com quem compartilhamos a vida, 
os nossos trabalhos,
as tristezas e as alegrias.
Pedimo-vos
que nos acompanheis
e guardeis todos os dias,
para sabermos 
prosseguir com êxito
a nossa caminhada.
Abençoai-nos
e concedei-nos fortaleza,
prudência, 
lucidez e sabedoria.
Enchei-nos de bondade e alegria
para com todas as pessoas
e, no nosso caminhar
por esta vida
protegei-nos e ensinai-nos, 
para que sempre nos guiemos
pela Palavra de vosso amado Filho,
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ámen.

 (Incensa-se a Senhora já coroada)

CÂNTICO (A Nossa Senhora)
(Enquanto o coro canta o cântico final da coroação, sacerdote e acólitos dirigem-se para a sede para a bênção final)