Arquidiocese de Braga -

1 junho 2016

Cáritas apela à protecção infantil

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DACS

Risco de pobreza aumentou em todos os grupos etários, mas atinge sobretudo as crianças.

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No âmbito do Dia Mundial da Criança, que se comemora hoje, 01 de Junho, a Cáritas Portuguesa emitiu um comunicado onde reforça que o desenvolvimento integral da criança não pode ser sujeito a políticas de austeridade, não podendo ser colocado em causa devido a problemas económicos do país.

“Investir no futuro do país requer, mais do que nunca, investir nas nossas crianças e os números de hoje são realmente assustadores”, referiu em comunicado Eugénio Fonseca, Presidente da Cáritas Portuguesa.

Os números a que o responsável se referia constam do relatório mais recente lançado pela Cáritas Europa em Março. De acordo com os dados, em Portugal o risco de pobreza é maior nas famílias com filhos, sobretudo em famílias com dois ou mais filhos (41.2%) ou entre famílias monoparentais (31%). O risco de pobreza aumentou em todos os grupos etários; contudo, o maior aumento atingiu as crianças cujo risco de pobreza aumentou de 24.4% em 2012 para 25.6% em 2013.

O aumento do número de casais desempregados, a perda de rendimentos devido a cortes salariais e a redução de abonos de família e apoios sociais são alguns dos motivos que podem explicar a situação anteriormente descrita.

De acordo com a Cáritas, há 4 anos “24% das crianças em Portugal viviam com famílias que enfrentavam situações de privação material, assim como a incapacidade ou dificuldade para pagar a renda, o empréstimo ou para pagar refeições ou para lidar com as despesas inesperadas”.

Tendo em conta a realidade actual, que inclui o aumento da pobreza infantil e familiar, a organização avançou com o “Prioridade às Crianças”, “um programa de apoio a crianças mais frágeis” e que se estende por todo o país.

“O apoio atribuído nos últimos anos recai sobre problemas ligados à saúde (consultas médicas, medicação, próteses oculares, etc.) e apoio à educação (mensalidades de creches e ATLS; livros e material escolar, etc.), despesas que os agregados familiares não conseguem suportar por si mesmos. Nos últimos 4 anos a Cáritas apoiou mais de mais de mil crianças através deste programa que é financiado por doadores particulares”, pode ler-se no comunicado.

A Cáritas concluiu a mensagem apelando à aceleração dos processos administrativos por parte de autoridades nacionais e internacionais, de forma a que mais crianças refugiadas possam ser salvas e protegidas.


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Comunicado