Há mais uma basílica em Portugal. O Papa Francisco concedeu na sexta-feira, 28 de Janeiro, o título de basílica menor à igreja matriz de Torre de Moncorvo, na Diocese de Bragança-Miranda.

De acordo com o Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais, a decisão foi oficializada a 12 de janeiro e a celebração solene está prevista para o dia 18 de Julho, memória de São Bartolomeu dos Mártires, que será o dia do aniversário da Basílica.

D. José Cordeiro, administrador diocesano de Bragança-Miranda e Arcebispo Eleito da Arquidiocese de Braga, recebeu a notícia “com gratidão à Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos”, considerando que este é “um sinal da memória agradecida do arcebispo Santo S. Bartolomeu dos Mártires, que ao tempo terá pensado na criação de uma diocese cuja sede fosse naquela igreja matriz”.

Situada no Largo General Claudino, em pleno centro histórico da vila, a agora basílica apresenta um estilo quinhentista, com uma fachada onde domina a torre sineira, com relógio, e rematada por balaustrada. A capela-mor ostenta na parede fundeira um retábulo barroco de talha dourada, e nas paredes laterais frescos alusivos a cenas bíblicas, entre as quais uma “Última Ceia”. A igreja é um dos imóveis com maior valor arquitetónico do distrito e é monumento nacional desde 1910.

A proposta de elevação a Basílica foi lançada por D. José Cordeiro e contou com a colaboração da Conferência Episcopal Portuguesa, do Conselho Presbiteral da Diocese de Bragança-Miranda, da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, da Direcção Regional de Cultura do Norte, da Junta de Freguesia de Moncorvo e da Unidade Pastoral de São José.

Portugal conta agora com 19 basílicas, todas menores. Sete dessas basílicas estão no território da Arquidiocese de Braga: Bom Jesus, Congregados e Sameiro em Braga, São Pedro e São Torcato em Guimarães e ainda São Bento em Terras de Bouro, para além da Sé Catedral de Braga.

Na Igreja Católica há “basílicas maiores” e “basílicas menores”. A palavra basílica, com origem nos termos gregos ‘basileus’ (rei) e ‘basilikos’ (real), era utilizada na Roma antiga para designar grandes edifícios de reunião.