Arquidiocese de Braga -

10 novembro 2025

Arciprestado de Famalicão incentivado a ser luz verdadeira que ilumina

Fotografia DM

DACS com DM - José Carlos Ferreira

Arcebispo Metropolita de Braga presidiu à peregrinação Jubilar arciprestal de Vila Nova de Famalicão

O Arciprestado de Vila Nova de Famalicão, liderado pelo seu arcipreste, o padre Nuno Vilas Boas, realizou ontem a sua Peregrinação Jubilar à Sé Primacial de Braga.

Presidida pelo Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, a peregrinação foi participada pelos fiéis das 54 paróquias do arciprestado que encheram por completo a Sé, calculando-se que terão integrado este momento que se realizou no contexto do Ano Santo – Jubileu 2025 entre 1500 a 1800 pessoas.

A concentração e a oração inicial aconteceram no Largo de São Paulo, em frente à Senhora da Torre, seguindo-se depois a procissão até à Sé, com a particularidade do cortejo ser liderado por telas com o retrato dos padroeiros das 54 paróquias de Famalicão.

Este gesto não passou despercebido ao arcebispo, que o vincou na sua homilia. «Trouxestes a imagem dos padroeiros das vossas 54 paróquias e dos dois mosteiros para dizer que não estamos sozinhos, estamos iluminados pelo seu testemunho, pelo seu modelo de vida. Cada padroeiro como que está a dizer a cada um de nós: tu também podes ser santo», salientou. D. José Cordeiro lembrou que os santos não são super-homens, super-mulheres, ou super-heróis. «São pecadores que se deixaram olhar pelo coração de Deus, que se deixaram amar, que se deixaram perdoar e acolher o caminho das Bem Aventuranças, o caminho da santidade, da felicidade», acrescentou. 

O prelado lembrou ainda que a Casa do Senhor é lugar de oração, do encontro, e de cada um se deixar abraçar por Deus em Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. «Mas, é sobretudo esta vontade firme e esperançosa de sermos como Deus quer que sejamos», ou seja, pessoas de paz, de bem, de reconciliação, de verdade, que procuram que a sua vida seja iluminada pela luz que é Cristo, salientou. 

«E sermos como os santos padroeiros, sermos como que luzeiros uns para os outros. E não queiramos ser luz de baixo consumo. Sejamos uma luz autêntica, uma luz verdadeira, que indique e ilumine os caminhos da nossa vida, como nos recorda o lema de S. Bartolomeu dos Mártires, “Arder para Iluminar”. Um coração ardente para iluminar a sua vida e a vida dos outros» salientou o Arcebispo Metropolita de Braga. 

Contudo, advertiu D. José na sua homilia, ninguém consegue fazê-lo sozinho. «Só como povo, uns com os outros, uns para os outros, e nunca uns contra os outros. Também nunca uns sem os outros. Juntos a percorrer o mesmo caminho que é Cristo, Ele que se disse “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”», acrescentou.

Na sua homilia, o arcebispo lembrou que este ano, como Arquidiocese, irá simbolicamente a Vila Nova de Famalicão iniciar o Ano Litúrgico Pastoral no próximo dia 29 de novembro, «para que possam ser contagiadas mais pessoas».

D. José Cordeiro sublinhou que Cristo se dá a cada um de nós para que «a nossa vida tenha sentido de plenitude, para que possamos prosseguir como peregrinos de Esperança, para que os jovens, as crianças, os adultos sejamos uma família de famílias, sejamos juntos uma comunidade de comunidades, e que a família seja a mãe e a fonte das vocações».

Arciprestado de Famalicão mostrou comunhão

O arcipreste de Vila Nova de Famalicão, padre Nuno Vilas Boas, mostrou-se satisfeito pela forma como as 54 paróquias aderiram à Peregrinação Jubilar à Sé Primacial de Braga, no contexto do Ano Santo – Jubileu 2025.

Para o padre Nuno, “comunhão” é a melhor expressão para definir tudo o que aconteceu este domingo à tarde. «De um momento conseguimos criar esta comunhão. E esta, talvez, seja a expressão mais bonita de Igreja. É esta comunhão das 54 paróquias e todo o trabalho que o senhor padre Francisco Carreira [o arcipreste anterior] também fez em Famalicão», disse. Para o sacerdote, agora «é continuar o nosso serviço para glória de Deus». 

O sacerdote também sublinhou a iniciativa de cada uma das paróquias trazer para esta peregrinação a imagem dos seus padroeiros. 

«Foi uma expressão muito bonita de criatividade. Em Conselho Pastoral do Arciprestado questionámos de que forma podíamos fazer ver e expressar esta fé que é criativa. E, uma das sugestões dos leigos foi porque não levarmos os nossos santos? Depois da exposição dos Santos Padroeiros – a Fé de Barro, que a Fundação Castro Alves patrocinou, perguntámos que outro modo podíamos utilizar. E surgiu esta ideia de um estandarte, de uma tela e a certa e confiança de que os santos caminham connosco. E neste mês dedicado aos Santos às Almas àqueles que são os nossos intercessores, porque não mostrarmos com estas telas que a santidade também está ao nosso alcance. Caminhamos nesta santidade. É uma expressão simples, bonita, criativa. Ficámos muito contentes porque a adesão foi muito interessante», contou.

O Arcipreste de Famalicão mostrou-se grato ao povo famalicense, afirmando que ainda está a aprender com eles. «Eu agradeço-lhes do fundo do coração. Quero sublinhar o envolvimento de todos, começando pelos párocos, que se envolveram, prosseguindo pelas pessoas, os leigos comprometidos, os catequistas, os elementos dos conselhos económicos, as Irmãs de Clausura que também vieram e que dão testemunho de uma Igreja aberta e que expressa gratidão», salientou.

O sacerdote sublinhou que a peregrinação não acabou ontem depois da cerimónia na Sé.