Arquidiocese de Braga -

13 outubro 2025

Novo Santuário de Balasar acolheu celebração pela Beata Alexandrina

Fotografia DM

DM - José Carlos Ferreira

As portas do novo Santuário Eucarístico dedicado à Beata Alexandrina, em Balasar, na Póvoa de Varzim, abriram-se ontem para a celebração da Eucaristia e bênção dos doentes presidida pelo Arcebispo Metropolita de Braga.

Não foi uma inauguração, mas, aproveitando o momento em que se celebra o Dia Litúrgico da Beata Alexandrina, fazendo hoje, dia 13 de outubro, 70 anos que ela faleceu, uma forma de mostrar como está o santuário já com o altar e o ambão colocados no seu devido local.

Na sua homilia, D. José Cordeiro começou por pedir a Deus que conceda a graça da Beata Alexandrina ser canonizada santa e, assim, proclamada modelo de fé e intercessora  para toda a Igreja Católica. Com a sua beatificação, o culto é local, especialmente em Balasar, na Arquidiocese de Braga e nos locais para os quais foi pedida autorização. «Mas, esperamos tão breve quanto possível, e quando Deus o quiser, que possa ser ainda mais luz para tantas pessoas que nela encontram o sentido da vida e se encontram com Aquele que foi o Tudo da sua vida, Jesus Cristo», disse.

D. José Cordeiro mostrou-se impressionado com o facto da Beata Alexandrina ser mais conhecida fora de Portugal do que no seu próprio país. «É também um mistério que acompanha a vida desta mística, uma das maiores místicas da Igreja contemporânea», realçou. Para o prelado, se isto se pode dever, em muito, ao facto dela ser cooperadora salesiana e entrar dentro da rede mundial da família salesiana, também se deve ao facto da sua vida e do seu testemunho conquistarem tantos corações para o bem do Evangelho. «Estarmos aqui hoje, para nós é também um momento significativo na história deste processo de santidade e desta peregrinação sobre a terra, é fazermos juntos a história», disse. O Arcebispo Metropolita de Braga considerou ser significativo que ontem, dia 12 de outubro, calhando a um domingo, fosse o dia da espiritualidade Mariana no âmbito do Jubileu em Roma, em que a imagem da Capelinha das Aparições esteve na Praça da S. Pedro e que, a pedido do Papa Leão XIV, fosse o Dia Mundial de Oração pela Paz. Para o prelado, também foi significativo o facto de ontem ter passado a ser o dia da memória litúrgica de S. Carlo Acutis. «Foi um grande estudioso da Beata Alexandrina Maria da Costa. Impressiona-nos como é que um adolescente se deixou atrair pelo testemunho e exemplo desta mulher. Não sabemos se ele veio a Balasar. Sabemos que veio a Fátima, não temos conhecimento que tenha vindo aqui. Mas, certamente que foi seu desejo conhecer Balasar. Isto faz-nos estremecer», vincou. O Arcebispo Metropolita de Braga referindo-se à liturgia deste domingo, manifestou a sua gratidão a Deus pela vida admirável da Beata Alexandrina, à Fundação Alexandrina de Balasar, ao pároco de Balasar, padre Manuel Casado Neiva, às autoridades civis e militares e aos peregrinos e às pessoas que, no silêncio, contribuíram no passado e continuam a contribuir para que este templo seja o mais digno e belo possível e possa acolher a todos, «na oração, no acolhimento, no serviço da caridade, no serviço aos mais pobres, aos peregrinos, aos mais necessitados, no acompanhamento espiritual, cultural e social, de proximidade e humanidade». «É a atitude maior neste momento tão significativo e histórico que nos congrega aqui, agora, hoje neste que já é, e será com maior dimensão depois da sua dedicação», acrescentou.

O pároco de Balasar, o padre Manuel Casado Neiva, no final da Eucaristia, justificou a razão desta celebração no Santuário ainda em obras. 

Segundo o sacerdote, foi a forma de mostrar a tantos que têm perguntado pelo andamento dos trabalhos e sobre a data da sua conclusão.