Arquidiocese de Braga -
16 junho 2025
Obras devolveram esplendor ao Santuário da Abadia

Francisco de Assis - DM
Intervenções destacaram lugar de paz, de fé e beleza natural.
O Santuário de Nossa Senhora da Abadia, em Amares, inaugurou este domingo uma série de intervenções, quer no exterior quer no interior, que devolveram “voz” ao órgão de tubos, 45 anos depois, esplendor e atratividade religiosa e turística àquele que é considerado o santuário mais antigo da Península Ibérica. O momento foi celebrado com música, pompa, circunstância e com a presença, entre outras personalidades, do ministro da Agricultura e do Mar, José Manuel Fernandes; do Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro; e do presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira.
Carlos Portela, presidente da Confraria de Nossa Senhora da Abadia; o presidente da CCDR-Norte, António Cunha; o presidente da ATAHCA, José Mota Alves, presidentes de Junta e vários sacerdotes também ajudaram a enobrecer a cerimónia com a sua presença.
Após descerrar a placa que perpetua as obras na Loja Interativa de Turismo, a comitiva visitou o espaço, que está completamente renovado e mais atrativo. Depois, para além do brilho recuperado pelas obras no interior da Abadia, o que mais soou nos ouvidos dos muitos presentes foi o órgão de tubos ibérico, que não tocava há 45 anos. Um som inconfundível que pôs todos a olhar para o alto e de ouvidos atentos. Quem também deu nas vistas e deixou todos em silêncio foi Raquel Fernandes, que encheu o templo com a sua voz poderosa e angelical. Aliás, assistiu-se a um excelente momento musical, pela Academia de Música de Vila Verde e pela Banda Filarmónica de Santa Maria de Bouro.
Em relação às intervenções, todos puseram a tónica na beleza daquele espaço, «único e original», um lugar de «paz, de fé e de relação com a natureza», para além da dimensão turística.
O presidente da Confraria, Carlos Portela, não escondeu a emoção, mas também «orgulho e felicidade» pela concretização das obras que devolveram «esplendor» ao Santuário. Um investimento «sem precedentes», que ajuda a confirmar a Abadia como a «verdadeira sala de visitas de Amares».
Carlos Portela espera muito em breve anunciar mais obras, além da intervenção na estrada de acesso ao santuário. E pediu ao ministro que, dentro das suas possibilidades, ajude o Santuário.
Um pedido repetido pelo presidente da Câmara de Amares, mesmo sabendo que já não será para ele, mas para o próximo autarca. Manuel Moreira fez saber que desde que tomou posse, a Câmara já investiu mais de três milhões de euros nas igrejas, porque é também uma forma de investir na cultura e no património que é do povo.
José Mota Alves salientou a «excelência das obras», que não esqueceram nenhum dos espaços, inclusivamente aqueles que vão ajudar a escoar os produtos locais.
O presidente da ATAHCA acredita que as obras vão fazer aumentar o turismo religioso, os peregrinos, bem como o emprego e fixação de pessoas.
Quanto ao presidente da CCDR-Norte, considera que a intervenção é «um bom exemplo de aplicação de fundos comunitários». E incentivou a Confraria a continuar a fazer candidaturas.
Por sua vez, José Manuel Fernandes não escondeu a fé cristã, lembrando que locais como o Santuário da Abadia são muito mais do que espaços religiosos. Considerou que é através destes locais que se defende a cultura cristã, onde se vão buscar valores como solidariedade, hospitalidade e acolhimento, cooperação, valores cada vez mais necessários a este mundo atual.
O ministro da Agricultura saudou ainda as «sinergias» que nortearam a realização das obras. Sinergias de fundos comunitários, sinergias de instituições, até de concelhos diferentes.
Quanto a D. José Cordeiro, que benzeu os espaços requalificados, agradeceu todo o bem que foi feito pelos diversos atores presentes, em prol do bem comum.
«Todos juntos podemos e devemos ser artesãos da paz e transmissores da esperança».
As obras tiveram a assinatura de qualidade da Signinum.
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