Arquidiocese de Braga -
7 abril 2025
Escadório do Bom Jesus do Monte foi caminho para o coração pascal

O andor do Bom Jesus do Monte voltou, ontem, 6 de abril, a ter uma saída solene da Basílica para a eucaristia campal, no ponto alto da peregrinação penitencial, um momento de intensa emoção para as largas centenas de peregrinos.
Anualmente, a peregrinação tem início na Igreja de Santa Cruz, numa caminhada de reflexão espiritual, que percorre ruas e avenidas da cidade e sobe os escadórios do monte, no reviver do caminho do Calvário, na peregrinação penitencial ao Bom Jesus do Monte, uma jornada que convida a reviver o sacrifício de Cristo pela salvação da humanidade.
Na homilia da missa campal, o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, disse aos fiéis que subiram consigo os escadórios e participaram na eucaristia no adro da Basílica do Bom Jesus do Monte, no cimo da montanha mais alta de Braga, que “queremos ser estes peregrinos de esperança e olhar para a cruz como o lugar do encontro, o lugar da Páscoa”.
Pedindo aos fiéis que operem mudanças e que se encorajem nas dificuldades do caminho até ao “coração” de Cristo, acrescentou que “aqui o encontro é máximo, é com a salvação, com Jesus Cristo, com a força simbólica que tem esta imagem que contemplamos diante de nós”.
“No magnífico escadório do Bom Jesus do Monte onde se sobe até à cruz, simbolizando o caminho espiritual, somos acompanhados pelo elemento vital da água com todos os sentidos e virtudes até à Basílica, qual coração pascal. Aqui no escadório das virtudes, a fonte da esperança indica a firmeza e a leveza da paz”, transmitiu D. José.
Considerando que “o santuário do Bom Jesus do Monte ou ‘Senhor do Monte’ é um lugar de esperança integral”, que “não se reduz a um lugar fantástico, património da humanidade, de turismo internacional”, mas antes “beneficia de muitas virtualidades para o sentido autêntico da peregrinação da esperança e da espiritualidade integral para uma cultura de acolhimento”, o Arcebispo de Braga sublinhou que o Bom Jesus do Monte “é lugar santo de peregrinação neste Jubileu”.
Por isso, aqui, apontou, “numa pastoral integral da fé, esperança e caridade, sentimos que ser peregrinos de esperança nos compromete com a ecologia integral da casa comum da criação. Aqui, a pastoral do turismo é tocada pela cultura da esperança, qual presente do futuro. Aqui, os trilhos da conversão ao Evangelho, a oração e vida espiritual ganham dimensão no caminho de Páscoa que gostaríamos de continuar a percorrer juntos”, formulou.
Pedindo aos peregrinos que saibam encontrar respostas para os desafios “nas fontes do Evangelho”, D. José Cordeiro acentuou que Jesus Cristo “é a nossa esperança, a coisa nova que transforma”. Em mais uma etapa que aproxima os cristãos da celebração da Páscoa, o Arcebispo de Braga sublinhou que “a fonte se carateriza por jorrar a água e não para a reter e o escadório do pórtico, o escadório dos cinco sentidos e o escadório das três virtudes não são um fim de linha, mas um subir para descer e prosseguir a viagem no caminho de Páscoa”, concluiu.
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