Arquidiocese de Braga -
31 março 2025
Centro Interpretativo dos Abades de Priscos é casa que dá memória ao futuro

DM - José Carlos Ferreira
O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, o pároco de Priscos, o padre João Torres, o presidente da Junta de Priscos, Israel Pinto, e o vereador da Câmara de Braga, João Rodrigues, inauguraram ontem à tarde o Centro Interpretativo dos Abades de Priscos.
São quatro salas que acolhem quatro temáticas, isto é, os abades da freguesia; o Abade de Priscos famoso pelos seus dons de culinária, a história da paróquia; e o Presépio de Priscos. Para D. José Cordeiro, esta é uma casa que “dá memória ao futuro”.
No momento dos discursos depois de uma visita guiada pelo historiador Rui Ferreira e pelo pároco de Priscos, o prelado elogiou a forma como o centro foi inaugurado. “Louvo o modo como pensaram este momento porque, às vezes, as inaugurações são aqueles atos próprios, ou políticos, ou sociais, ou religiosos, que têm de ser para cumprir calendário, mas hoje foi um momento de formação integral”, salientou D. José Cordeiro.
Na sua intervenção, o Arcebispo de Braga chamou a atenção para provérbio “a receita é fácil; difícil é acertar” que se encontra inscrito numa das paredes do centro. “Depois da obra completa, todos têm opinião e alguns até são aqueles de sofá ou de bancada, que têm sempre as ideias para tudo. Mas, é difícil acertar porque é difícil liderar se não houver o sentido de serviço», salientou.
O Centro Interpretativo dos Abades de Priscos, explicou o pároco, é um sonho com 19 anos, tempo que demoraram as obras do restauro da Casa do Abade de Priscos, que se tornou realidade. “É com enorme orgulho e profunda emoção que hoje, ao inaugurarmos este centro interpretativo, nasce do desejo de preservar e celebrar a rica história desta terra. Priscos é desde tempos imemoriais uma terra de tradição, cultura e de fé, um local onde o passado se interlaça com o presente para inspirar o futuro», disse.
Para o padre João Torres, o centro interpretativo agora inaugurado tem o propósito de ser “um espaço de memória, de estudo e de partilha”. “Aqui, as novas gerações podem conhecer o papel da paróquia de Santiago de Priscos na história, compreender a evolução de freguesia, e apreciar a riqueza do património material e imaterial que nos foi legado. Este centro será acima de tudo um local vivo onde a história de Priscos continuará a ser contada e redescoberta”, acrescentou.
O sacerdote disse que a reconstrução da casa custou 750 mil euros e que o centro interpretativo foi um investimento de 90 mil euros, dos quais 85 mil euros vieram do Orçamento Participativo da Câmara de Braga.
O vereador João Rodrigues aproveitou para elogiar esta iniciativa da autarquia que foi criticada por alguns. O autarca sustentou que o Orçamento Participativo dá mérito a quem apresenta propostas que são reconhecidas pela comunidade que, por sua vez, também tem o mérito de reconhece a qualidade dos projetos. “Este equipamento é um exemplo disso”salientou.
João Rodrigues elogiou ainda a cooperação existente entre a Câmara de Braga e a Arquidiocese de Braga, afirmando que o sucesso de Braga depende desta ligação.
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