Arquidiocese de Braga -

No último ano, o serviço de Atendimento Social da Cáritas de Braga atendeu 1540 pessoas, das quais 874 foram novos casos de pedidos de ajuda, ou seja, quase 57% do total dos pedidos recebidos.

A instituição conseguiu dar resposta a 1013 pessoas das 1540 atendidas por este serviço. Este é apenas um dos resultados do balanço anual da Cáritas de Braga que este sábado, 22 de fevereiro, celebra o 76º aniversário.  

Em 2024, o apoio prestado pela instituição continuou a chegar a pessoas e famílias com múltiplas vulnerabilidades. No que diz respeito às migrações, por exemplo, a Estrutura de Acolhimento Temporário para migrantes – com capacidade para 25 pessoas –  acompanhou 49 cidadãos.

Relativamente aos países de origem, destacam-se Marrocos, Senegal, Angola, Gambia e Argélia.  

“A resposta da Estrutura de Acolhimento Temporária é um desafio constante e exigente. O objetivo principal é assegurar as necessidades básicas à vida diária, mas também a projeção do cidadão no futuro, num país que não conhece. As questões ligadas à cultura e à comunicação são, sem dúvida, as principais dificuldades”, refere Patrícia Ferreira, responsável da estrutura.  

No que toca à inclusão social de crianças, jovens e familiares de minorias étnicas, migrantes e populações em situação de exclusão social, a Cáritas desenvolve um trabalho próximo das comunidades da União de Freguesias Maximinos, Sé e Cividade. Através do projeto B!Equal-E9G, envolveu 180 participantes (superando a meta

 inicial de 106 pessoas) com impacto positivo em 35 crianças e jovens que conseguiram transitar de ano (acima dos 25 previstos). O programa foi, ainda, relevante ao nível da integração profissional, com oito casos de sucesso.  

No âmbito da empregabilidade, a instituição ajudou na colocação profissional de 29 pessoas. O programa Incorpora, financiado pela fundação La Caixa, destina-se a pessoas com deficiência, jovens com necessidades especiais, desempregados de longa duração, maiores de 45 anos, pessoas com doença/transtorno mental, famílias monoparentais, pessoas privadas de liberdade, migrantes/refugiados, vítimas de violência doméstica e pessoas em recuperação de comportamentos aditivos.  

Ao longo do ano, a Cáritas entregou, ainda, 363 cabazes alimentares, serviu 29211 refeições na cantina social e atribui apoios monetários na ordem dos 32 mil euros para apoiar famílias com despesas de habitação, alimentação, saúde, educação, mobilidade e outras necessidades. 

Nova casa para vítimas de violência doméstica 

Em 2024, destaque também para o trabalho no apoio às vítimas de violência doméstica através do Centro de Acolhimento de Emergência, que acolheu 219 pessoas (144 adultos e 75 dependentes), e do Espaço Igual - Estrutura de apoio à vítima, realizou 1485 atendimentos, acompanhando 182 pessoas.  Foi prestado acompanhamento psicológico a 94 crianças e jovens vítimas.