Arquidiocese de Braga -
10 fevereiro 2025
Fiéis do Arciprestado de Braga exortados a serem “sinais palpáveis” de esperança
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DM - Francisco de Assis
Peregrinação jubilar encheu a sé Catedral, numa cerimónia presidida pelo bispo Auxiliar D. Delfim Gomes
Fiéis de todos os cantos do Arciprestado de Braga deslocaram-se ontem à igreja Mãe, a Sé Catedral, para a sua peregrinação jubilar. Na celebração, presidida pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, os peregrinos, que encheram por completo a Sé Primacial, foram desafiados a serem sinais palpáveis de esperança no mundo, sobretudo para aqueles que mais precisam.
Apesar do tempo chuvoso e frio, a Sé Catedral de Braga encheu-se como poucos vezes se tem visto nos últimos anos, com as três naves completamente preenchidas. Um cenário que agradou a organização, mas sobretudo a Igreja Católica de Braga como instituição.
Tal como estava previamente programado, o povo cristão do Arciprestado de Braga concentrou-se em três locais da cidade: junto à igreja do Pópulo, para os peregrinos das paróquias da Zona Cávado; na igreja de São João do Souto, para os peregrinos das paróquias da Zona Cidade/Este; e na igreja de São Paulo, para os peregrinos da Zona Oeste/Veiga.
Depois, partiram em peregrinação até à Sé Catedral de Braga, onde a onda do povo de Deus em caminhada se juntou para rezar, celebrar juntos, em sinal de unidade da Igreja de Braga e de dinamismo evangélico.
Pelo caminho, cantaram-se canções marianas, mas também a conhecida canção, “Nós Somos as Pedras Vivas do Templo do Senhor”.
O Bispo Auxiliar começou por agradecer ao Arcipreste pela organização, mas também a todo o povo de Deus que, de várias proveniências do Arciprestado, encheram a Sé Catedral, para rezar em conjunto pela paz, um bem essencial; mas também pelas famílias.
Para D. Delfim Gomes, este Ano Jubilar 2025, é um desafio aos cristãos a mergulharem no Evangelho, voltaram à essência da fraternidade, à reconciliação, a esperança e a justiça.
Recorde-se que estas peregrinações jubilares à Sé Catedral de Braga foram definidas no âmbito do Ano Jubilar, sobe o lema “Peregrinos de Esperança”. Assim, durante este ano, todos os arciprestados da Arquidiocese de Braga vão fazer a sua peregrinação à Sé Catedral. O primeiro a fazê-lo foi o Arciprestado de Fafe.
D. Delfim Gomes fez votos que a peregrinação leve os cristãos “à essência do Evangelho que é a fé e ações palpáveis”, sobretudo junto dos que mais precisam, com destaque para os mais pobres, migrantes e oprimidos.
D. Delfim pediu aos fiéis que cuidem dos que escutam Jesus e dos que se afastaram
Durante a peregrinação jubilar do Arciprestado de Braga à Sé Catedral, D. Delfim Gomes, deixou um apelo aos fiéis presentes: “cuidemos uns dos outros, dos que escutam a palavra de Deus e que estão presentes e dos que se afastaram” da fé. O Bispo Auxiliar de Braga aproveitou para agradecer o “belo trabalho” dos sacerdotes e comunidades cristãs, desejando que se vá ao encontro de todos.
O prelado lembrou que todos precisam uns dos outros, mesmo aqueles que diária ou semanalmente fazem tudo para seguir o Mestre, que é Jesus Cristo. “Cuidemos uns dos outros, dos que escutam a palavra de Jesus e dos que se afastaram d’Ele; dos que O conhecem mas não vivem e dos indiferentes. Vamos ao encontro de todos”, disse, cintando o Papa Francisco.
“Nós, como discípulos, seguimos o Mestre. Façamos a caminho”, incentivou.
Sobre o pedido aos fiéis que sejam sinais “palpáveis”, concretos de esperança, D. Delfim Gomes especificou os presos, os migrantes, os doentes, jovens, pobres, entre outras camadas da sociedade que, de uma forma ou de outra, estão mais fragilizados. Aliás, o acolhimento e o ir ao encontro de todos, têm sido mensagens persistentes tanto do Papa Francisco como dos responsáveis da Arquidiocese de Braga.
Elogio aos padres
D. Delfim elogiou o trabalho dos padres. “Caros irmãos no sacerdócio, Pastores destas comunidades, como é belo o vosso trabalho e preciosa a vossa entrega. Sejam pastores apaixonados por Cristo e atentos a acolher as questões do Evangelho. Façamos das comunidades ancoradouros de misericórdia, onde se possa viver a alegria de se sentirem amados por Deus, o Pai o Pai de misericórdia que nunca desiste de nos amar”, pediu .
Durante a celebração, rezou-se o Pai Nosso, a oração que faz de todos irmãos; o Credo, a profissão de fé, e cantaram-se muitas canções bem conhecidas, tornando o coro harmonioso.
A peregrinação terminou com preces a Virgem Santa Maria de Braga; e com a canção “Hossana, Rainha de Portugal”, em jeito de despedida.
A próxima peregrinação é do Arciprestado de Barcelos, no dia 23 de fevereiro.
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