Arquidiocese de Braga -
16 janeiro 2025
Casa de Nossa Senhora da Ternura reabre as portas em Abação para servir a comunidade
DM - Rui de Lemos
A Casa de Nossa Senhora da Ternura reabriu, ontem, as portas na freguesia de Abação, em Guimarães, passando a acolher em residência um pequeno grupo de irmãs da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias. Depois de ter servido de lar a famílias de refugiados sírios, a propriedade volta a ser um espaço de “ternura, proximidade e misericórdia” para a comunidade, estando em equação a instalação de eventuais serviços para a terceira idade.
O azulejo que decora a fachada lateral nas traseiras da casa de pedra situada no cruzamento das paróquias de S. Cristóvão e S. Tomé de Abação, na estrada que liga Guimarães à montanha da Penha, tem expressa a vontade do seu antigo proprietário, o liturgista português, professor na Faculdade de Teologia de Lisboa e uma das ilustres figuras da freguesia, Padre Prof. Dr. Joaquim de Oliveira Bragança. A imagem de Nossa Senhora da Ternura dá nome à casa onde viveu os últimos dias de vida já acompanhado por irmãs da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, a quem doou a propriedade.
A imagem da devoção do padre Joaquim Bragança decora também o pequeno largo lateral, numa obra de tributo e homenagem à ilustre personalidade, ocorrida em 2018, com pintura de Leandro Vale, numa intervenção do Município e da União das Freguesias de Abação e Gémeos.
“Esta ternura, proximidade e a misericórdia, que o Papa Francisco tanto sublinha, estão também nesta presença de uma comunidade de vida consagrada, porque é aquilo que ela quer ser no meio do povo, tal como a reabertura desta casa, hoje, testemunha”, valorizou o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, ontem, à margem da Eucaristia de Ação de Graças a que presidiu e que assinalou a reabertura do imóvel e simultaneamente os 141 anos da fundação da congregação.
A Casa da Senhora da Ternura, em Abação, passa, assim, depois de suspensa desde 2015, a voltar a acolher três irmãs da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias para serem “sinal de ternura e esperança” na comunidade. “É com muita alegria que acolhemos esta Congregação aqui na Arquidiocese de Braga”, saudou D. José Cordeiro.
As Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias são uma congregação que nasceu no Funchal, na ilha da Madeira, por Mary Jane Wilson, uma anglicana que se converteu ao catolicismo e que, nos espírito de S. Francisco de Assis, pretende ser pela oração, pela catequese, pelo trabalho, pela ação e obras sociais, a presença da ternura de Deus no meio da humanidade.
“O último grupo de refugiados que tivemos saiu em julho e agora vamos ter aqui uma presença mais permanente, embora tenhamos sempre mantido a proximidade e um grupo ativo de amigos com reuniões semanais. Agora, vamos voltar a ter a comunidade presente com 3 irmãs e no futuro estudaremos devidamente um projeto, auscultando a população para saber as maiores necessidades, mas já me apontaram que um Lar de Terceira Idade fazia falta”, resumiu ao “DM” a irmã Celeste Pontes, provincial da Província de Cristo Rei da Congregação de Nossa Senhora das Vitórias.
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