Arquidiocese de Braga -
6 janeiro 2025
Igreja de Braga quer dar mais visibilidade à Semana Santa
Jorge Oliveira - DM
Arcebispo adianta que poderá haver ajustes nas celebrações e propostas culturais
O Cabido Metropolitano e Primacial de Braga reuniu-se no sábado com o Arcebispo, D. José Cordeiro, e o bispo auxiliar, D. Delfim Gomes, no Paço Arquiepiscopal, para o tradicional encontro de cumprimentos e felicitações de início de ano.
Durante o encontro, foram partilhadas algumas ideias para o ano pastoral e perspetivadas já algumas ações, especialmente no que toca à preparação da Semana Santa, um dos momentos mais importantes do Ano Litúrgico.
Em declarações ao Diário do Minho, o Arcebispo adiantou que, além das mudanças já operadas, poderão ser feitos mais alguns ajustes nas celebrações da Semana Santa na Sé Primacial, para tornar este período ainda mais visível e acolhedor para os fiéis e peregrinos.
A Semana Santa em Braga é um dos períodos de maior expressão da fé na cidade, sendo também um dos pontos altos da vida religiosa e cultural da Arquidiocese.
D. José Cordeiro manifestou o desejo de tornar as celebrações ainda mais participativas e visíveis, em harmonia com o espírito da liturgia e as necessidades dos tempos atuais.
«Estamos a refletir sobre como tornar a Semana Santa mais visível, com melhores propostas culturais e espirituais, para que todos, não só os bracarenses, mas também os turistas e peregrinos, se sintam fortalecidos na fé, na esperança e na caridade», afirmou.
Além das questões litúrgicas, neste encontro de início de ano entre os cónegos e o Arcebispo e o bispo auxiliar, partilharam-se ideias também sobre o papel do Cabido na gestão da Sé Primacial com destaque para o que vai ocorrer ao longo deste ano jubilar de 2025.
Em declarações ao Diário do Minho, D. José Cordeiro salientou que a Sé, com 935 anos de história, é um símbolo de unidade e de afirmação da fé cristã, e que o Cabido tem um papel essencial na preservação do património cultural, espiritual e na evangelização.
«A Sé Primaz é um elemento central na vida da Arquidiocese e também das raízes da Igreja em Portugal. Isto é uma enorme responsabilidade que é partilhada por este Colégio de Presbíteros na comunhão com o Bispo, com o Presbitério, com o povo santo de Deus. Este ano tem uma responsabilidade acrescida por ser a igreja jubilar», destacou o prelado.
D. José Cordeiro lembrou que ao longo do Ano Santo todos os arciprestados irão em peregrinação à Sé, depois de no domingo passado, 29 de dezembro, se ter aberto este tempo santo jubilar em comunhão com toda a Igreja, «na simplicidade e na alegria da esperança».
«A responsabilidade da Sé é grande, mas ela é partilhada por todos nós que queremos ser testemunhos de esperança», acrescentou.
“A esperança conduz-nos sempre a caminhos nunca trilhados para que juntos possamos contribuir para um mundo melhor, mais fraterno, mais humano e mais cristão.”
No decorrer do encontro, foram abordadas ainda outras prioridades para o ano pastoral, como a melhoria da hospitalidade para os peregrinos e a promoção de iniciativas culturais e espirituais que ajudem a fortalecer a fé e a evangelização.
«A nossa missão não é apenas conservar o passado, mas também olhar para o futuro, preparando a Igreja para os novos desafios», afirmou o Arcebispo.
E D. José Cordeiro quer que o caminho proposto no plano pastoral se faça numa «cultura de transparência, prestação de contas, avaliação, diálogo, discernimento» e de modo sinodal para «juntos» se traçar «mais e melhores caminhos para o futuro da Igreja que peregrina em Braga».
Neste encontro, que ocorre anualmente por ocasião da festa da Epifania do Senhor, os cónegos da Sé de Braga e o Arcebispo refletem também sobre o ano litúrgico findo.
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