Arquidiocese de Braga -

16 dezembro 2024

Arcebispo de Braga vê no Presépio de Priscos um lugar de paz, esperança e humanidade

Fotografia Francisco de Assis

Francisco de Assis - DM

Os bispos de Braga visitaram o Presépio ao Vivo de Priscos, enaltecendo o trabalho realizado

Por estar em Visita Pastoral em Terras de Bouro, o Arcebispo de Braga não marcou presença na abertura oficial do Presépio ao Vivo de Priscos. No entanto, D. José Cordeiro não quis deixar de visitar aquele espaço logo no primeiro dia, até para valorizar o trabalho da comunidade e a mensagem, considerando que o Presépio ao Vivo é um lugar de paz, de esperança e humanidade. 

Acompanhado pelo Bispo Auxiliar D. Delfim Gomes e pelo padre Miguel Neto, D. José Cordeiro foi guiado pelo padre João Torres, o grande ideólogo e dinamizador do Presépio ao Vivo de Priscos, que já vai na sua XVIII edição. 

Em declarações ao Diário do Minho, D. José Cordeiro, impressionado com o que viu, começou por felicitar a «continuidade na esperança», porque entende que o Presépio de Priscos é, por si mesmo «é um sinal de esperança e um lugar de esperança».  «Porque é uma presença viva, não só por milhares de pessoas que aqui passam e levam a mensagem integral do mistério do Natal, que não é uma festa ingénua, nem uma festa para crianças apenas, mas é para todos, e numa linguagem que serve a todos, e em cada ano ser sublinhada uma situação extrema da sociedade, apela a que todas as pessoas que aqui passam e que daqui levam esta mensagem de paz, de solidariedade, de fraternidade e de humanidade, sejam capazes de espalhar na sua própria realidade, na família, no ambiente de trabalho, na sociedade, na igreja, a luz que nasceu no Natal. A esperança que nasce no Natal é para ser espalhada, não é para ser guardada».

 

Presépio de Priscos tem sabido contagiar Braga e Portugal

Por outro lado, o Arcebispo de Braga, enalteceu as dezenas de pessoas que participam ativamente  para que aconteça o Natal e não numa representação do que terá sido há  2025 anos, este ano sublinhando-se o Ano Santo Jubilar, mas sentir que há uma cultura a recriar a partir do Natal.

E o Presépio de Priscos tem tido essa missão e essa felicidade de contagiar aqui na arquidiocese de Braga e em outros lugares do país, esta presença criativa, cultural, espiritual da grande mensagem do Natal, que é a mensagem que os anjos trouxeram em Belém, glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados. Aqui percorrem-se passos de esperança e passos de paz», vincou. Sobre o tema deste ano  “Inclusão de Migrantes e Minorias”, D. José Cordeiro referiu que o Presépio de Priscos faz com que todas as pessoas que o visitam ou tomem conhecimento através da comunicação social sobre o que ali acontece possam refletir melhor e perguntar o que pode fazer para tornar o outro mais feliz. «O que é que eu devo fazer para acolher alguém ou ajudar a encontrar os caminhos para que as pessoas se sintam integradas, possam ser bem acolhidas e também lhes possam ser dadas todas as condições de trabalho, de habitação, de saúde, de educação para que juntos possamos fazer este mundo mais humano, mais fraterno, mais solidário e mais cristão, porque é essa a marca do Natal».

 

Ricardo Rio fala num Presépio de causas

Quanto ao presidente da Câmara de Braga, classificou o Presépio de Priscos como uma iniciativa «absolutamente extraordinária» e exortou aqueles que ainda não conhecem o presépio que não deixem de o »visitar, porque «é algo verdadeiramente único a nível nacional e até no cenário internacional é muito raro encontrar um presépio com tantos figurantes, com cenários tão bem conseguidos.

Por outro lado, Ricardo Rio enalteceu o facto de ser «um presépio de causas». É «importante para sensibilizar a população no seu todo e Braga, cada vez mais integradora, onde convivem pacificamente mais de 130 nacionalidades, que todos têm o seu espaço, que todos têm naturalmente o direito a uma vida digna e obviamente que estes exemplos de superação são muito importantes de serem partilhados».

«O Natal também é isto, é olharmos para aquilo que se passa à nossa volta com solidariedade e saber o que podemos fazer para aqueles que mais precisam».

Uma das novidades deste ano é o mural de benfeitores, onde constam, entre outros nomes, o de “Melinha, adepta do SC Braga, que por várias vezes ajudou, com verbas, os «meninos» do padre João, ou seja, os reclusos da Prisão de Braga.