Arquidiocese de Braga -
10 dezembro 2024
Arcebispo de Braga exorta os fiéis a construir a esperança e a caridade
DM - Joaquim Martins Fernandes
O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, exortou os fiéis da Arquidiocese a seguirem o exemplo de Maria e a afirmarem-se no mundo como construtores da esperança e da caridade, à luz da fé cristã. D. José Cordeiro deixou claro que essa é uma missão especialmente necessária num mundo que vive a experiência de várias guerras e que gera desespero.
“Na proposta arquidiocesana dos passos de esperança do Advento/Natal: propõe-se para hoje as palavras da resposta de Maria ao Anjo: ‘Faça-se em mim segundo a tua palavra’ (Lc 1, 38). Com este passo de esperança cada um é convidado a acreditar em si mesmo e a confiar-se à Palavra feita carne no seio da Virgem Santa Maria”, disse o Arcebispo de Braga, na homilia que partilhou com os fiéis que, no domingo, participaram na celebração eucarística da festa da Imaculada Conceição, realizada na Cripta do Santuário do Sameiro.
D. José Cordeiro acentuou que essa é missão que deve ser cumprida com alegria, até porque a Imaculada Conceição é a “Mãe da Esperança” que os cristãos invocam nos momentos mais dramáticos. “Como os romeiros entoam nas suas cantigas à Senhora, nós suplicamos: ‘Senhora do Sameiro, / que estais no altar/ pedi ao Senhor/ p’ra guerra acabar’”, sublinhou o Arcebispo Metropolita de Braga e Primaz das Espanhas, vincando que “grande é a alegria de evangelizar como Maria, primeira peregrina da fé, esperança e caridade”.
Num momento em que a Arquidiocese de Braga está comprometida com a caminhada de esperança para o Natal, D. José deixou no Santuário do Sameiro a ideia da necessidade de “globalizar a esperança”.
“O tempo de Advento Natal é lugar de esperança. Este é o tempo de com Maria, globalizar a esperança. Com efeito, dizia Santo Agostinho: ‘a esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação ensina-nos a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las’.”
Com a certeza de que “não será o Evangelho a mudar, mas o nosso modo de o compreender e de o viver”, o Prelado bracarense recordou o sentido do dogma da Imaculada Conceição, que foi declarado “há 170 anos” pelo Papa Pio IX. “Em 1854 foi dito na bula ‘Ineffabilis Deus’, com esta linguagem: ‘Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição’”, acentuou D. José Cordeiro, enfatizando que “o que a fé católica crê, a respeito de Maria, funda-se no que crê a respeito de Cristo”.
Partilhar