Arquidiocese de Braga -

9 dezembro 2024

Igreja de Braga reorganiza Catequese e trabalho já começa a dar frutos

Fotografia Avelino Lima

 DM - Jorge Oliveira

Arcebispo de Braga anuncia celebração onde poderão ser instituídos novos ministros

O Arcebispo Metropolita de Braga enalteceu ontem o trabalho que está a ser desenvolvido pelo Departamento Arquidiocesano da Catequese em articulação com as Equipas Arciprestais, no âmbito da reorganização em curso do Serviço Arquidiocesano da Educação Cristã, destacando a importância da formação permanente e da renovação na continuidade.

Falando na abertura da reunião do Conselho para a Pastoral Catequética da Arquidiocese, D. José Cordeiro revelou, a propósito, que no dia 25 de janeiro, haverá um encontro de formação para agentes dos Ministérios da Liturgia que culminará com uma celebração na Sé Primacial onde serão instituídas alguns homens e mulheres no Ministério de Leitor e de Acólito, e provavelmente também serão instituídas algumas pessoas no Ministério de Catequista, pertencentes à Equipa Arquidiocesana ou às Equipas Arciprestais de Catequese.

“Não vamos alargar já às paróquias, mas gostaríamos que este sinal fosse claro, fosse firme, sem hesitações, para uma maior valorização e tomada de consciência deste ministério, que não é nenhuma promoção, mas é um serviço, na alegria da gratuidade dele mesmo”, disse.

Esta celebração na Sé Primacial, marcada para o dia 25 de janeiro, será realizada no contexto do Jubileu de 2025 que tem como tema “Peregrinos de Esperança”.

O encontro do dia 7 de dezembro, no Centro Pastoral e  Cultural da Arquidiocese, contou com a presença dos assistentes e responsáveis das equipas arciprestais dos 13 arciprestados da Arquidiocese de Braga, juntamente com a nova equipa arquidiocesana, que agora conta com a colaboração a tempo inteiro de Fátima Castro, do Arciprestado da Póvoa de Lanhoso. 

Depois de agradecer ao bispo auxiliar, D. Delfim Gomes, que é o Vigário da Comissão Arquidiocesana para a Pastoral Catequética, ao assistente da Pastoral da Catequese, o padre Jorge Agostinho, à Equipa Diocesana e às Equipas Arciprestais, D. José Cordeiro sublinhou que este trabalho conjunto relança, “nos horizontes da esperança”, a renovação da missão da Igreja, mantendo uma “continuidade essencial” no serviço pastoral. 

“Não estamos a apressar nem a querer ser os primeiros, estamos a reconhecer um trabalho que já foi feito e muito bem feito, e não devemos estar à espera daqui a dois ou três anos para o fazer, porque só daqui a dois ou três anos é que teremos as instituições nos Ministérios destes que farão agora a formação”, declarou.

Lembrando que a missão da catequese é evangelizar e que cada catequista “é um discípulo missionário de Jesus Cristo, chamado a viver e a comunicar a fé recebida no batismo”, o prelado sublinhou a importância da formação contínua destes agentes da pastoral cristã e do seu papel nas comunidades, onde, por vezes, a catequese “é desvalorizada”.

A reorganização do Serviço Arquidiocesano da Educação Cristã, que visa, entre outros objetivos, dar resposta às dificuldades atuais na formação e no serviço catequético, disse o prelado, “é um sinal de esperança e responsabilidade na missão educativa da Igreja”.

Por seu lado, o bispo auxiliar, nas palavras que dirigiu aos conselheiros que constituem as equipas Arquidiocesana e Arciprestais da Catequese, expressou «alegria» e «orgulho» pelo trabalho «de formiguinha» que tem vindo a ser feito, desde há cerca de dois meses, pelo Departamento Arquidiocesano da Catequese, junto dos arciprestados e paróquias.

“A Catequese tinha que mudar radicalmente e fomos preparando caminho para que isso acontecesse”, disse D. Delfim.

O bispo deixou uma palavra de reconhecimento aos catequistas pelo bem que fazem nas comunidades e aproveitou para os incentivar a transmitir a doutrina da Igreja com “paixão” e de forma “alegre, divertida e festiva”.    

“Temos ferramentas para isso e queremos fazê-lo em articulação com todos os arciprestados, para que todos possam ter os mesmos recursos. Nada de ilhas, nada de coisas fechadas”, garantiu.

O encontro iniciou com um momento de oração na Capela da Imaculada e inclui a apresentação da programação agendada pelo Departamento Arquidiocesano da Catequese para esta ano pastoral.

Equipa de Catequese fomenta proximidade e trabalho em rede

Promover a proximidade e desenvolver um trabalho em rede com as equipas arciprestais, focado na escuta e no acompanhamento contínuo. Este é um dos principais objetivos da nova Equipa da Pastoral da Catequese da Arquidiocese de Braga, que ontem apresentou as orientações e atividades para o novo ano pastoral na reunião do Concelho Arquidiocesano da Catequese.

Fátima Castro, coordenadora da Equipa, destacou o esforço para garantir a presença de todas as equipas no encontro de ontem, considerando que foi um “feito inédito”.  

“Queremos fazer um trabalho de muita proximidade com as equipas arciprestais é terem vindo todas é um sinal de esperança”, afirmou.

Entre as propostas apresentadas para o novo ano pastoral, a responsável destacou a realização de um retiro quaresmal (de 21 a 23 de março), bem como várias iniciativas para vivenciar o Ano Jubilar. 

“Estamos a entrar no ano jubilar, e teremos várias propostas para todos os arciprestados. Haverá um encontro e uma celebração em cada arciprestado, e propomos a divisão da Arquidiocese em três zonas, para que os arciprestados também comecem a criar redes de colaboração entre eles”, explicou Fátima Castro.

Haverá ainda catequeses jubilares para catequistas em cada arciprestado.

A programação inclui ainda a celebração do Jubileu dos Catequistas em Braga, uma proposta para o terceiro fim de semana de setembro, que surge como uma alternativa para aqueles que não vão poder deslocar-se a Roma.

Fátima Castro destacou ainda a realização do Dia Arquidiocesano do Catequista, que, a partir de 2025, será celebrado no dia 1 de dezembro. 

“Vamos propor dinâmicas novas e uma forma de trabalhar diferente”, adiantou.

No trabalho com os arciprestados, a Equipa propõe deslocações a cada equipa arciprestal para identificar “forças, fraquezas e riquezas de cada comunidade», com o objetivo de «criar sinergias entre todos”. 

Pretende ainda desenvolver a sua atividade em rede com outros departamentos da Arquidiocese, como a Comunicação, a Liturgia e a Pastoral Juvenil. 

A trabalhar há cerca de um mês, a Equipa é constituída por Fátima Castro, o padre Jorge Agostinho (assistente), Augusta Moreira, Olga Ribeiro e Marcelo Sousa.