Arquidiocese de Braga -

25 novembro 2024

As 552 paróquias de Braga têm até 2033 para criar Conselho Pastoral Paroquial

Fotografia DM

DACS com DM - José Carlos Ferreira

O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, vincou ontem, dia 23, que todas as paróquias da Arquidiocese de Braga têm até 2033 para criaram o Conselho Pastoral Paroquial.

“Alguns dizem que no Direito Canónico isso não é obrigatório. Mas, o Bispo pode torná-lo obrigatório. E, à luz do Cânone 536, nós gostaríamos de o tornar obrigatório. Não de um dia para o outro, mas damos este tempo até 2033. Gostaríamos que todas as 552 paróquias, porque a que está em Ocua, Moçambique, já tem Conselho Pastoral Paroquial, pudessem ter. Nós temos a consciência que ainda nem metade das paróquias da Arquidiocese têm Conselho Pastoral Paroquial”, disse D. José no encerramento da Visita Pastoral ao Arciprestado de Braga que decorreu no auditório do Colégio D. Diogo de Sousa. 

O prelado explicou que, na Arquidiocese de Braga, os estatutos para o Conselho Pastoral Paroquial já foram aprovados em 1987. “Agora estamos a renová-los e em breve serão apresentados já renovados para que possam ser  praticados nas nossas comunidades paroquiais”, acrescentou. 

D. José Cordeiro explicou ainda que o Conselho Pastoral Paroquial “é um lugar da sinodalidade, do caminho conjunto de Páscoa que queremos construir”. “É um organismo de comunhão”, ou seja, “um lugar mais alargado dos representantes de todos os movimentos, serviços, da catequese, liturgia, caridade, para, juntamente com o pároco e a equipa pastoral, construirem juntos o caminho pastoral a percorrer avaliá-lo, porque, tão importante como propor, construir, é avaliar o caminho percorrido para uma maior fidelidade ao Evangelho”, explicou. 

Dirigindo-se aos representantes das 63 comunidades paroquiais do Arciprestado de Braga, o arcebispo vincou que, com o Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, não ficaram dúvidas sobre fé existente e a vontade das paróquias serem ajudadas a crescer em fraternidade. Também ficou a certeza que cada paróquia está empenhada em ajudar os seus bispos a serem aquilo a que são chamados a ser, “para fazermos da Igreja uma família, onde se acolhe e se ama”. 

Recordando a Síntese Sinodal Arquidiocesana, da primeira Assembleia Sinodal, D. José Cordeiro pediu para se dar mais atenção à escuta e à proximidade. “Ali foi dito que a escuta e a proximidade são mencionadas como algo essencial, mas em falta na vida comunitária. Com a identificação desta falta quere-se dizer que não existe a cultura dos leigos escutarem os leigos, e destes serem escutados pelos párocos. Isto é, predisposição para escutar o próximo, mesmo sem terem que se convocarem reuniões ou assembleias”, salientou.

Por fim, o prelado exortou os presentes a vencerem dúvidas e medos. Segundo frisou, é preciso vencer o medo de abrir as portas das igrejas. Porque, vincou, há pessoas que não vão aos domingos à missas, mas vão durante a semana às igrejas, sendo por isso necessário abrir estes espaços de silêncio, oração e intimidade. Num olhar para o futuro, o Bispo Auxiliar de Braga, também usando da palavra, disse que, depois desta visita pastoral, que enriqueceu os prelados da Arquidiocese, há uma continuidade. “Porque é que não partilhamos mais aquilo que de bom, belo e bem se faz em todas as comunidades? Precisamos de partilhar mais aquilo que todas as comunidades fazem de bom, de belo e de bem. Isto não passa, fazemos só para os nossos. Temos que partilhar mais. Fazemos bem e temos que partilhar com a paróquia que está ao lado”, salientou D. Delfim Gomes.