Arquidiocese de Braga -
25 setembro 2024
Arquidiocese de Braga incentiva sacerdotes novos para a Missão Ocua
DM - Jorge Oliveira
O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, destacou ontem a importância da formação contínua e da partilha de experiências missionárias, no primeiro encontro com sacerdotes ordenados nos últimos dez anos.
D. José, que presidiu aos trabalhos, no Seminário Conciliar, explicou que estes momentos não servem apenas para formação intelectual, mas também para o fortalecimento espiritual e humano entre os sacerdotes, sejam diocesanos ou ligados a Institutos de Vida Religiosa.
“É um desafio permanente no caminho da formação», afirmou o prelado, destacando a importância de «olhar o futuro com esperança e renovação”, especialmente durante os primeiros anos de ordenação dos sacerdotes.
Ciente das dificuldades enfrentadas pelos presbíteros no exercício diário do seu magistério, motivadas por vezes pelo isolamento e desmotivação, D. José realçou a necessidade do apoio mútuo e fomento da partilha, acrescentando que a “relação fraterna” entre os membros do clero é essencial para manter o ânimo.
“Cristo é a nossa verdadeira e autêntica esperança”, notou.
Este encontro, que contou com testemunhos da equipa missionária da Arquidiocese de Braga que acabou de chegar da paróquia de Santa Cecília de Ocua, Diocese de Pemba, acabou por ser também um momento de incentivo aos sacerdotes mais novos a experiências missionárias.
O padre Manuel Faria e Fátima Castro compartilharam vivências, relataram desafios e dificuldades enfrentadas na Missão Ocua, mas também destacaram momentos de alegria e casos bem sucedidos durante estes últimos anos de missão.
O Arcebispo de Braga agradeceu aos missionários o seu comprometimento e coragem e defendeu que toda a pastoral deve ser feita em “chave missionária, lá como cá, cá como lá”, com alegria.
“Eles são portadores da Boa Nova, enviados em nome da Igreja. É o mesmo Jesus Cristo, é o mesmo Evangelho, e é o mesma alegria que temos que compartilhar uns com os outros na dificuldade da missão, enraizados na esperança”, acrescentou.
Depois do período conturbado vivido desde fevereiro, devido a novo ataque de forças beligerantes no norte de Moçambique, a Missão Ocua já retomou o seu projeto, nas suas várias vertentes (pastoral, social, educacional e saúde).
“Sempre estivemos bem, mas com alertas e cuidados”, disse o padre Manuel Faria, desafiando outros sacerdotes a fazerem uma experiência missionária naquela que é considerada a 552.ª paróquia da Arquidiocese de Braga.
Este primeiro encontro com sacerdotes ordenados nos últimos dez anos foi orientado pelos padres Vítor Rodrigo e Paulo Sá. Os dois formadores apontaram essa ocasião como uma oportunidade de aprendizagem e partilha.
O objetivo é acompanhar os sacerdotes nas suas dificuldades, compartilhando experiências e desafios, e ver se precisam de ajuda a nível administrativa ou até financeira.
“É fundamental que eles saibam que não estão sozinhos nessa jornada”, acrescentaram.
O encontro iniciou com um momento de oração.
Nova equipa missionária é enviada para Pemba a 20 de outubro
A Arquidiocese de Braga vai proceder no próximo mês ao envio da sua nova equipa missionária para a paróquia de Ocua, na Diocese de Pemba, Moçambique.
D. José Cordeiro revelou que a cerimónia será no dia 20 de outubro, integrada na Jornada pastoral “Renovar, Levar Jesus a Todos”, que terá lugar no Auditório Vita.
A equipa é renovada com duas leigas, dos arciprestados de Barcelos e Famalicão, mantendo-se o padre Faria à frente da missão.
O arcebispo manifestou o seu otimismo em relação à continuidade da missão em Santa Cecília de Ocua, afirmando que “dará muitos frutos”.
O acordo de cooperação missionária entre as duas dioceses deverá ser renovado em outubro, por ocasião da visita do bispo de Pemba, D. António Juliasse, à Arquidiocese de Braga e aos seminaristas de Pemba.
D. José espera que este momento possa fortalecer a comunidade e a missão da Arquidiocese.
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