Arquidiocese de Braga -
16 maio 2024
EMRC Spring Fest levou mar de jovens ao parque verde da Póvoa de Varzim

DM - Rui de Lemos
O EMRC Spring Fest’24 levou, ontem, um mar de jovens ao Parque da Cidade da Póvoa de Varzim, fazendo com que a festa da Educação Moral e Religiosa da Arquidiocese de Braga tenha batido o recorde de participantes.
O Parque da Cidade da Póvoa de Varzim encheu-se, ontem, de muita festa, cor e alegria naquela que foi “a maior e melhor” Festa da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) da Arquidiocese de Braga. Diante de um “mega” Sping Fest, o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro afirmou-se “muito feliz, de coração cheio e com muita esperança que este trabalho nas escolas com os jovens possa crescer ainda mais”.
O EMRC Spring Fest’24, a grande festa organizada, desde 2022, pelo Serviço de EMRC do Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja no Ensino, em parceria com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, registou ontem um recorde de presenças, com 10 mil jovens, 700 professores e mais de 170 voluntários.
A festa que este ano decorreu sob o tema “Bem comum e bem do outro – Cuidar da Casa em Comum” foi “absolutamente extraordinária”, qualificou, o diretor da estrutura, padre Miguel Rodrigues. E “acontecer hoje, Dia Internacional da Família, sentir aqui estes olhares dos jovens adolescentes faz-nos alargar o coração a uma grande família de famílias”, acrescentou o Arcebispo de Braga, que participou na sessão de encerramento, acompanhado pelo Bispo Auxiliar, D. Delfim Gomes.
Os cerca de 30 hectares do Parque da Cidade da Póvoa de Varzim, o grande espaço verde da cidade, encheram-se de vida, alegria e muita música, nos dois palcos do recinto, animados em permanência pelos dj’s RFM Rich & Mendes, Kassama, DJ Math e Dj Costa. O lago teve direito a caiaques e paddel e nem a chuva que se fez sentir, em vários momentos, travou os mais destemidos de alguns mergulhos. A mega-festa incluiu também vários insufláveis, escalada, jogos diversos e atividades de expressão plástica e artística, com destaque para a oportunidade dos mais novos poderem tecer uma amostra de uma camisola poveira, embora as atividades de cycling, boxe e krav maga tenham sido mais concorridas.
Felicitando toda a organização e, sobretudo, os milhares de jovens alunos do 3.º ciclo do ensino básico que frequentam a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, o Arcebispo de Braga sublinhou, no encerramento, que “hoje, une-nos aqui o bem-comum”, abençoando todos os participantes, antes de entregar lembranças a todos os professores presentes.
À margem do evento, D. José Cordeiro sublinhou que a EMRC “é uma oportunidade e, ao mesmo tempo, é um lugar de crescimento integral no olhar do mundo, mas também do tema que congrega este Spring Fest, o da casa e do bem-comum, onde nós somos um só com o mundo, com a casa comum da Criação”, acentuou.
O EMRC nas escolas é também “alargar o horizonte cultural, não simplesmente religioso e católico, mas o de ter uma conceção o mais abrangente possível do Mundo, da Criação, da Relação com Deus e com os outros. Este trabalho está a ser feito e pode ainda ser melhorado, porque este Spring Fest foi o maior até agora e desejamos que possa crescer ainda mais para que possamos também ser colaboradores na alegria destes milhares de jovens”, concluiu.
Festa da EMRC reúne cerca de 75% dos alunos inscritos na disciplina
O EMRC SpringFest reúne atualmente “cerca de 75% dos alunos inscritos” na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica e que frequentam o terceiro ciclo do Ensino Básico no território da Arquidiocese de Braga. “É uma expressão já muito significativa e que tem contribuído para que mais jovens possam aderir à EMRC”, valoriza a organização do evento.
A cada ano que passa, a EMRC Spring Fest ganha uma dimensão crescente e que não tem parado de aumentar. “Temos jovens entre os 12 e os 15/16 anos oriundos de cerca de 77 agrupamentos de escolas. Ou seja, temos aqui cerca de 75% dos alunos inscritos em EMRC no ensino público e privado”, contabilizou e valorizou, ao "DM", o padre Miguel Rodrigues, diretor do Departamento Arquidiocesano para a Presença da Igreja no Ensino. Esta amostra “muito significativa” dos alunos do terceiro ciclo presentes no evento deve-se «muito aos moldes como a festa é concebida, com muitos momentos de animação 'non-stop', à diversidade de ofertas, workshops e outras atividades paralelas, além do convívio. Os alunos sentem que ao virem à festa, além dos momentos de animação e diversão, têm também um espaço onde se conhecem, onde convivem, onde descobrem coisas novas e se enriquecem muito”, suportou Miguel Rodrigues.
O sacerdote resumiu que “toda a festa é concebida para eles e vai ao encontro do que mais gostam”. Ao longo de um dia, na EMRC Spring Fest fortalecem-se relações humanas, relações de amizade, relações de escola e entre escolas e professores. Os jovens participantes “também percebem que não estão sozinhos e que há mais 10 mil como eles, num ambiente impressionante e contagiante que se prolonga muito para além da festa”, valorizou o padre Miguel Rodrigues.
Ainda mais gratificante é o facto de a festa ter “uma repercussão imensa nas escolas, porque os ecos disto correm pelos corredores até final do ano letivo e é um incentivo muito grande para cativar mais alunos para a disciplina”, valorizou. Tudo porque no final, “todos saímos daqui muito mais ricos”, concluiu.
Organização quer alargar a festa ao secundário
O EMRC SpringFest quer alagar o seu âmbito de ação ao ensino secundário já em 2025. A revelação foi feita ontem, ao "DM", pelo dirigente Miguel Rodrigues.
Depois de três anos sempre a crescer, a grande festa da Educação Moral e Religiosa Católica da Arquidiocese de Braga quer alargar-se ao Ensino Secundário, um ciclo onde tem “uma quebra de expressão”. “O nosso objetivo é que esta atividade inicie, como vem acontecendo até aqui, às 9h para o Terceiro Ciclo, mas depois, aproveitando toda a logística colocada no terreno e as várias ofertas disponíveis, a partir das 16h30 ou 17h abrirmos espaço para se iniciar uma festa para os alunos do Ensino Secundário”, concretizou Miguel Rodrigues. Nesta altura, acrescentou o sacerdote, “é uma vontade e um grande desejo, em que vamos trabalhar, para desejavelmente podermos colocar em prática já no próximo ano”, apontou.
A Arquidiocese de Braga tem o dobro dos alunos inscritos em EMRC no Terceiro Ciclo do Ensino Básico que o restante território do país, registando uma taxa de adesão que ronda os 40% do total de alunos que frequentam as escolas do ensino público e privado. Mas “o nosso objetivo continua a ser crescer cada vez mais e aproximar-nos rapidamente dos 50% do total de alunos inscritos”, formulou o padre Miguel Rodrigues.
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