Arquidiocese de Braga -

A Casa Sacerdotal da Arquidiocese de Braga celebrou ontem, dia 12 de maio, a segunda festa com a presença dos familiares e amigos dos residentes, convidados para um dia de convívio, que se iniciou com a celebração da Eucaristia presidida pelo Arcebispo Emérito, D. Jorge Ortiga e prosseguiu com um almoço e uma tarde animada pelo padre Albano Nogueira.

No final da Eucaristia, o presidente do Instituto Diocesano de Apoio ao Clero (IDAC), padre Jorge Vilaça, sublinhou que a Casa Sacerdotal precisa  do carinho de todos. “Esta casa precisa tanto de vocês, famílias. Tanto precisamos de vocês. Venham, apareçam quando quiserem”, salientou.

Atualmente, esta valência do IDAC acolhe 32 clérigos e 13 leigos que acompanharam sacerdotes ao longo da vida. E a todos eles, as famílias e amigos devem agora dar-lhes carinho. 

“São pessoas que se dedicaram cem por cento aos outros. Portanto, muitas paróquias, muitas comunidades beberam da vida destas pessoas. Nós temos aqui pessoas com 90 anos, que viveram em condições difíceis e que serviram e entregaram toda a sua vida. Neste momento, esta casa quer ser a expressão da proximidade da Igreja para com eles. Mas, há a necessidade de sentirmos mais afeto por parte daqueles, a quem estes sacerdotes e os seus familiares que aqui estão a residir, foram servidos. Há uma necessidade de uma maior proximidade e um maior afeto”. salientou.

Para tal, garante o presidente do IDAC, as portas da Casa Sacerdotal “estão escancaradas” a quem quiser visitar o seu antigo pároco, o seu amigo, o seu familiar.

“Estão escancaradas àquelas pessoas que têm o seu referencial nas pessoas que aqui estão. Um referencial, muitas vezes, eucarístico. Os sacramentos estão, normalmente, associados ao sacerdote e, de facto, muitas pessoas foram tocadas pelo lado bom destes sacerdotes. Nós temos as portas escancaradas a estes para que se aproximem, demonstrem a sua gratidão”, realçou o padre Jorge Vilaça.

Este dia de festa começou com a celebração da Eucaristia presidida pelo Arcebispo Emérito de Braga, D. Jorge Ortiga. Na sua homilia, o prelado disse que os sacerdotes diocesanos têm um duplo berço e um duplo lar.

“Temos o berço da família, onde nós nascemos, crescemos, nos alimentamos, nos iniciamos para a fé. E temos também, não nos podemos esquecer, do berço do Seminário, onde outra vida foi nascendo, foi germinando até o Senhor colher esse fruto no dia da nossa ordenação sacerdotal, integrando-nos numa outra família que é presbitério diocesano. É esta dupla família que é uma só. Não são duas famílias. Elas sustentam-se uma à outra. É por isso que, nós padres, não dispensamos a nossa família, e as famílias não podem fazer de conta que nós quase não existimos”, salientou.

D. Jorge Ortiga citou ainda na sua homilia o provérbio chinês que diz que fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, para salientar a importância daquilo que cada um dá à Casa Sacerdotal. “Não em termos de dinheiro, mas nas coisas do dia a dia. Isto é válido para todos, as cuidadoras e para todos nós”, sustentou.