Arquidiocese de Braga -

2 dezembro 2023

Como Alexandrina - Celebrar o Advento e o Natal

Fotografia

Balasar (Santa Eulália)

\n

Estamos a celebrar os 800 anos do Presépio construído por S. Francisco de Assis, e o décimo ano do Presépio de Rua em Balasar. Para celebrar estes acontecimentos, a Paróquia de Balasar e o Santuário decidiram fazer a caminhada do Advento e Natal tendo como referência os documentos do Papa Francisco.

O Papa Francisco tem falado muito acerca do Presépio. Visitou Greccio por duas vezes. Publicou uma Carta Pastoral em 2019 “ O Sinal Admirável do Presépio”. Este ano publicou outra carta: “O Meu Presépio”. São dois Documentos importantes para uma catequização do Presépio e do Natal.

As crianças, adolescentes, jovens e famílias foram convidadas a construir um Presépio com a finalidade de fazer uma exposição. Os moradores vão continuar a construir o Presépio de Rua”. As figuras do Presépio, S. Francisco e Alexandrina serão os nossos companheiros da caminhada.

O Natal não é “magia” mas o “Mistério da Encarnação”.

 

História do Presépio

O desejo de recordar o nascimento de Jesus veio a Francisco durante uma viagem à Palestina e ali teve o desejo de reproduzir a cena do nascimento de Jesus. Quando, no outono de 1223, foi a Roma para ver o Papa Honório III, pediu ao Santo Padre a permissão para que o realizasse.

Tendo obtido permissão, São Francisco voltou a Greccio, que havia conhecido antes e que lhe lembrava Belém. Disse ao jovem Giovanni Velita, um morador da Região de Rieti e que se tornou seu amigo anos atrás: “Quero celebrar aqui a noite de Natal. Escolha uma caverna onde se construirá uma manjedoura e se conduzirá um boi e um burro até lá, e tentaremos reproduzir, na medida do possível, a caverna de Belém! Este é o meu desejo, porque quero ver, pelo menos uma vez, com meus próprios olhos, o nascimento do Divino Infante”.

E assim, em 24 de dezembro de 1223, o nascimento do Menino Jesus foi encenado. Havia a gruta, o boi e o burro. Nenhum dos presentes assumiu o papel de José e Maria, porque Francisco não queria que o nascimento de Jesus fosse um “espetáculo”. Só mais tarde, nos presépios do mundo, os outros personagens foram acrescentados.

 

 

Maria e José

Maria

Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. A sua figura faz pensar no grande mistério que envolveu esta jovem, quando Deus bateu à porta do seu coração imaculado. Ao anúncio do anjo que Lhe pedia para Se tornar a mãe de Deus, Maria responde com obediência plena e total. As suas palavras – «eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» são, para todos nós, o testemunho do modo como abandonar-se, na fé, à vontade de Deus. Com aquele «sim», Maria tornava-Se mãe do Filho de Deus.

 

José

Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua mãe, está São José. São José desempenha um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua família. Quando Deus o avisar da ameaça de Herodes, não hesitará a pôr-se em viagem emigrando para o Egito. E depois, passado o perigo, reconduzirá a família para Nazaré, onde será o primeiro educador de Jesus, na sua infância e adolescência. José trazia no coração o grande mistério que envolvia Maria, sua esposa, e Jesus; homem justo que era, sempre se entregou à vontade de Deus e pô-la em prática.

 

Advento com Alexandrina

 

«E agora, que lhes hei-de dizer? Que estamos no Advento, que nos devemos preparar para a vinda de Jesus com a maior perfeição e graça nas nossas almas. Que Jesus Menino encontre dentro de nós um presépio cheio de alvura e fofinho, no qual Ele possa repousar dignamente! Ah, sim! Se vivermos para Jesus, vivemos para toda a gente, em tudo cumprimos os nossos deveres, aceitamos a cruz com todos os seus espinhos como vinda das mãos de Deus para nosso bem e santificação. Todo o amargo, todo o fel, toda a mirra, sofrimento e mortificação têm para nós encantos e doçura de mel.»

 (Carta a um casal do Porto; 13/12/1951)