Arquidiocese de Braga -
13 julho 2023
Bispo Auxiliar de Braga exorta peregrinos a serem “homens e mulheres do sim” à imagem de Maria
Santuário de Fátima
D. Delfim Gomes presidiu à Missa Internacional da Peregrinação Aniversária de julho
O Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Braga, D. Delfim Gomes, presidiu esta manhã à Missa Internacional da Peregrinação de 13 de julho e desafiou os peregrinos a darem ânimo à Igreja para que ela possa influenciar a mudança social que hoje se vive.
“Somos o agora de Deus, o nosso testemunho, a nossa paixão a nossa alegria e o nosso entusiasmo são necessários para animar a barca da Igreja que queremos missionária e que possa contagiar esta sociedade em tempo de mudança” disse o prelado bracarense, que presidiu pela primeira vez nessa condição no altar do Recinto da Cova da Iria.
Ao desafiar os peregrinos a serem “homens e mulheres do sim, como Maria”, D. Delfim Gomes lembrou que “hoje” é o tempo favorável para a missão.
“O hoje é mais importante que o amanhã” e mesmo que “não consigamos mudar o mudo podemos mudar o nosso coração”.
“Não depende de nós a conversão dos outros, mas podemos propor e testemunhar vivências. É esta rede de bem fazer e promover a paz a que todos estamos chamados”, disse ainda.
“A palavra proclamada há dois mil anos é a palavra celebrada, rezada, anunciada e partilhada por nós que a vivemos e seguimos o mesmo Senhor e é aí, no meio da comunidade, que devemos testemunhar denunciando as injustiças, a falta de solidariedade social, a cultura individualista, a indiferença, procurando viver o amor sendo sinal e construtor da paz entre os povos”.
A propósito da liturgia proclamada nesta Peregrinação Internacional Aniversária, o bispo auxiliar de Braga recordou aos peregrinos que o que os torna irmãos não são laços de sangue mas “escutar a palavra de Deus, guardá-la e pô-la em prática”, revelando-a “nos gestos, nas atitudes, nas palavras e nas pequenas ações do quotidiano”.
“Somos chamados a fazer a vontade do Pai, ou seja, a amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos” recordou salientando que “Deus quer que todos se salvem e, por isso, deu a grande capacidade para amar”.
“A vontade de Deus que se cumpre no Céu deve cumprir-se também na Terra. Precisamos de passar das palavras aos atos, das intenções às ações diárias na vida de cada um e isso fará toda a diferença na comunidade” ressalvou desenvolvendo a ideia de que “todos queremos fazer parte da sua família”.
“Fazer parte da Sua família é deixar que Deus faça a Sua vontade em nós e através de nós”, concluiu.
“Partilhar a palavra e celebrar juntos a Eucaristia torna-nos mais irmãos e vai transformando-nos em comunidade santa e missionária”, disse ainda.
“É um desafio exigente porque a paz exige a opção pelos mais pobres, a defesa da dignidade e igualdade de todas as pessoas, a proteção do ambiente...”.
“Que cada pessoa assuma o compromisso de ser o construtor da paz; é um desafio que vale a pena viver” terminou o prelado de Braga, ordenado bispo em Dezembro passado.
Nesta peregrinação que assinala a terceira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, a 13 de julho de 1917, participaram 27 grupos de 13 países, incluindo Portugal. Destaque para a presença expressiva dos polacos, com nove grupos.
As próximas peregrinações aniversárias de agosto, setembro e outubro serão presididas respetivamente pelo arcebispo de Luanda, D. Filomeno do Nascimento; pelo Bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues e pelo novo cardeal português nomeado, D. Américo Aguiar.
Antes, o Santuário viverá ainda a grande peregrinação do ano com a presença do papa Francisco que se deslocará à Cova da Iria no dia 5 de agosto, de manhã, para rezar pelos jovens e pela Jornada Mundial da Juventude. É a segunda vez que Francisco se deslocará a Fátima, por vontade própria e desejo de estar com os peregrinos católicos portugueses.
O Papa chegará às 9h00 da manhã e, depois de um momento de oração pessoal, em silêncio, rezará o terço e deixará uma breve alocução aos peregrinos.
A deslocação ao santuário insere-se no âmbito da deslocação a Portugal para participar na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, que decorre de 1 a 6 de agosto.
Penitência dos santos pastorinhos apresentada como caminho de perseverança na doença
Na palavra ao doente, transmitida por uma Servita de Nossa Senhora, o exemplo de aceitação dos sofrimentos e da penitência dos santos Pastorinhos foi apresentada como caminho de perseverança na doença, com o sentido da certeza da “infinita misericórdia de Deus e da esperança do seu amor”.
A Mãe do Céu sabe que o sofrimento tem um valor incalculável”, assegurou, ao lembrar a importância da “dádiva do sofrimento” e a devoção do Imaculado de Maria como percurso de oração particular no sofrimento.
“Assim como perguntou à Lúcia, Nossa Senhora também pergunta a cada um de nós: ‘E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio, e o caminho que te conduzirá até Deus’”, concluiu.
"Um acolhimentos de coração aberto que favoreça a festa da juventude", pediu o bispo de Leiria-Fátima para a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa
O bispo de Leiria-Fátima começou por agradecer a presença dos peregrinos e a presidência de D. Delfim Gomes nesta Peregrinação Internacional Aniversária de Julho.
D. José Ornelas destacou, depois, três temas a ter presentes nesta visita ao Santuário: a oração; a justiça e paz e o acolhimento dos jovens da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.
“A oração é o que nos modela o coração, segundo o coração de Deus, para que sejamos homens e mulheres de reconciliação no mundo”, afirmou o prelado, que pediu uma oração especial pela justiça e paz no mundo, em particular na Ucrânia.
Perspetivando o encontro mundial de jovens em Lisboa, no próximo mês de agosto, o bispo de Leiria-Fátima desafiou os peregrinos a assumir uma “atitude de acolhimento que seja um coração aberto e que favoreça a festa da vida e da juventude”, em prol “de uma Igreja que se quer transformar no mundo”.
D. José Ornelas deixou ainda uma palavra aos mais pequenos, a quem convidou a conversar e escutar Nossa Senhora pelo coração, através da oração diária.
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