Arquidiocese de Braga -
23 junho 2023
Tempo da visitação em Ocua – A Missão consoladora e santificadora da igreja
O Conquistador
Pe. Manuel Faria, Equipa Missionária Salama!
O Tempo Pascal é tempo de partir em missão, segundo o mandato do Senhor Ressuscitado.
Na paróquia de Ocua é o momento adequado, depois das chuvas, para visitar as nossas famílias e capelas desta paróquia, espalhadas por 98 comunidades cristãs.
Este ministério da visitação, que Maria realizou com tanta dedicação e urgência ao visitar sua prima Isabel, é realizado pela equipa missionária para confortar pela presença fraterna de verdadeira afeição, ensinar mediante o ministério da Palavra de Deus, orientar nos caminhos da santificação, propondo o modelo de vida das primeiras comunidades cristãs, que viviam unidas no amor, na partilha e oração.
Visita pastoral às sete zonas pastorais da nossa região pastoral de Namogelia
Iniciamos no último Domingo de Abril a visita as sete zonas de Namogelia que fazem parte da região mais distante da paróquia de Ocua (entre 50 a 70 km distância da sede da missão). Estas visitas terminaram nesta segunda semana de Junho.
Em cada capela que visitamos: Nossa Senhora de Fátima de Savanuni, S. Marcos de Nampula, Sagrada Família do Chiuco, S.Tomé de Namogelia, grupo de oração de São Carlos Lwanga de Bilibiza, São Cormélio de Nnawa, Santo André de Metanapo, o povo nos acolheu com grande alegria expressa com cantos, danças e as ofertas que as pessoas prepararam para agradecer a visita com muito afeto e alegria, desde saco de milho ou farinha, galinha, pombas, banana, amendoim, etc.
Estas visitas contaram com um grande número de crianças e adolescentes, que estão muito atentos a toda a acção missionária, e logo em seguida os jovens com seus cânticos e danças preparam a animação da Eucaristia, o acolhimento dos missionários e apresentam alguma das suas danças e cantos mais tradicionais.
As famílias e muitos catecúmenos, bem como os animadores, anciãos e “ancionas”, todos se entregam de alma e coração a este encontro de formação e celebração da eucaristia, que esperam vários meses para ter pelo menos num Domingo por ano, nas suas capelas ou debaixo de um cajueiro, mangueira, ou belos sicómoros, transformados em catedrais improvisadas para a celebração do mistério pascal.
A Igreja aqui sente-se toda missionária. Quando Jesus diz “ide”, revela-nos que a fé não é para ser guardada. É um tesouro para ser partilhado, multiplicado, anunciado.
Ser discípulo missionário é o caminho cristão. O papa Francisco tantas vezes nos repete que quer uma ‘igreja em saída’. Missão é desinstalar-se. É sair e ir ao encontro.
E aqui estamos nós a fazer o caminho, como o fazem todos aqueles que saem de suas casas para fazer catequese, visitar os doentes, animar os jovens, cuidar das famílias, partilhar o que tem e a fé que os move.
O ‘ide e anunciai’ que Jesus dirigiu aos apóstolos, se dirige hoje a nós, Igreja missionária.
Em tempo de santos populares, corramos também pela nossa santificação com a alegria do evangelho em nossos corações. Boa missão para todos aqueles que se unem a nós em oração, afeição e partilha das nossas missões.
Artigo publicado no Jornal O Conquistador de 23 de junho de 2023.
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Conquistador junho -654-14.pdf
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