Arquidiocese de Braga -

8 dezembro 2022

Arquidiocese de Braga dá a conhecer Ocua através de exposição na Torre Medieval

Fotografia

Francisco de Assis

A inauguração ficou marcada pela presença de muitos voluntários e missionários na Diocese de Pemba.

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A Torre Medieval, extensão do Museu Pio XII, em Braga, acolhe, desde ontem, a exposição “Salama! Salama!” que dá a conhecer aos bracarenses e arquidiocesanos de Braga em geral, um pouco da alma e vivência da paróquia de Ocua, em Pemba, Província de Cabo Delgado, em Moçambique. Na inauguração, o cónego José Paulo Abreu referiu que, para além de fortalecer a ligação missionária àquela paróquia “adotada”, a exposição tem também um cunho de solidariedade, através da venda de alguns objetos, cuja receita será des- tinada à mesma causa.

A exposição “Salama! Salama!”, que é uma saudação no dialeto local “Macua”, é organizada pelo Museu Pio XII e pelo Centro Missionário da Arquidiocese de Braga (CMAB), como forma de reforçar os laços afetivos e de solidariedade para com aquele povo onde falta tudo, menos alegria e cor, sobretudo a cor vermelha da terra e das roupas.

Na sessão inaugural estiveram o diretor do Museu Pio XII, o novo Bispo Auxiliar de Braga D. Delfim Gomes, que está a conhecer os cantos à casa; Sara Poças, responsável do CMAB; e D. Jorge Ortiga, Arcebispo Emérito, que deu grande impulso à cooperação com a paróquia de Santa Cecília de Ocua, considerada a 552.ª da Arquidiocese de Braga.

Os quatro seminaristas da diocese de Pemba que estão a formar-se em Braga também estiveram na inauguração e cantaram canções no dialeto “macua”, bem como padres e missionários conhecedores da realidade de Ocua, foram presenciar o ato inaugural, presenciado também por responsáveis da Irmandade de Santa Cruz, da Santa Casa da Misericórdia de Braga e do Posto de Turismo.

Coube ao cónego José Paulo Abreu, como anfitirião, a missão de dar as boas-vindas aos convidados, e explicar a ideia da exposição, bem como o objetivo.

O cónego José Paulo Abreu lembrou que, neste tempo de Advento, propício a ações de solidariedade, o Museu, à semelhança do que já fez com as “Dulcineias de Esperança”, à venda na loja do Tesouro-Museu da Sé, para ajudar a Cáritas, também se associou à causa para ajudar a paróquia de Ocua, em comunhão e uniao de coração.

«A igreja tem esta virtude de estabelecer liga- ções» com outros povos».

Recorde-se que a exposição “Salama! Salama” é composta por «testemunhos e tradições daquela porção do povo de Deus, que a Arquidiocese de Braga adotou como sua». Ao longo dos cinco pisos da Torre Medieval estão fixados alguns textos, fotos, muitos feitos e muitos rostos, muitas preocupações e muitos sorrisos, muitos empenhos e algumas recompensas» na Diocese de Pemba, na mártir província de Cabo Delgado. O último piso é dedicado exclusivamente à paróquia de Ocua.

Sara Poças revelou que a exposição é uma viagem desde Pemba até Ocua, no quinto piso.

O missionário padre Jorge mostrou a D. Delfim Gomes como é que se “desenrasca” para fazer qualquer celebração, em condições muito adversas. São celebrações longas e sempre com muita gente, mas também com alegria e entusiasmo.

A título informativo, refira-se que o Arcebispo de Braga vai visitar Pemba e Ocua, de 11 a 22 de dezembro, dando continuidade à Visita Pastoral à Arquidiocese de Braga, iniciada no Arciprestado de Amares, no início do Advento.

Artigo publicado no jornal Diário do Minho de 08 de dezembro de 2022.


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