Arquidiocese de Braga -

14 setembro 2022

Papa Francisco: “Não nos habituemos à guerra”

Fotografia Vatican News

DACS com Renascença

O Santo Padre viajou até ao Cazaquistão, naquela que é a sua 38ª Viagem Apostólica.

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O Santo Padre celebrou, esta quarta-feira, a missa na praça Expo de Nursultan, no Cazaquistão. Francisco lembrou que a paz é um caminho em construção e nunca pode ser dada por garantida.

No segundo dia da Viagem Apostólica ao Cazaquistão, o Papa Francisco apelou aos fiéis para que não se habituem “à guerra, nem se resignem à sua inevitabilidade”. Durante a homilia, o Santo Padre reiterou que “é preciso não cancelar da memória certas obscuridades, caso contrário pode-se pensar que sejam águas passadas e que o caminho do bem esteja delineado para sempre." Reforçou ainda que "a paz nunca é conquistada de uma vez por todas. Há de ser conquistada cada dia, como também a convivência entre etnias e tradições religiosas diversas, o desenvolvimento integral, a justiça social”.

No final da missa que celebrou em Nursultan, o Pontífice voltou a apelar à paz, reforçando “que só o diálogo a pode garantir”. “Que terá ainda de acontecer? Quantos mortos teremos ainda de contar?”, questionou.

Além de agradecer às autoridades civis e religiosas a organização desta visita ao Cazaquistão, o Santo Padre mostrou-se preocupado com a tensão actual entre a Roménia e o Azerbeijão. “Soube com preocupação que neste momento há um novo foco de conflito na região do Cáucaso. Continuaremos a rezar para que neste território se alcance a paz e a concórdia”.

O Pontífice acrescentou ainda que “o mundo tem de aprender a construir a paz", limitando a corrida ao armamento e "convertendo os enormes gastos de guerra em apoio concreto às populações”.

No dia em que a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz, Francisco exortou os fiéis a “olharem para Jesus crucificado”, por este ajudar a ver “de uma maneira nova a nossa vida e a história dos nossos povos”. “A partir da Cruz de Cristo, aprendemos o amor, não o ódio; aprendemos a compaixão, não a indiferença; aprendemos o perdão, não a vingança”, reiterou.