Arquidiocese de Braga -

21 julho 2022

Bispos dos Estados Unidos contra lei que procura impor o “aborto a pedido”

Fotografia USCCB

DACS com Vida Nueva Digital

Arcebispo William Lori e o cardeal Timothy Dolan dizem que é o projecto de lei “mais injusto e extremo” que o país já viu.

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Os bispos dos Estados Unidos manifestaram a sua rejeição à aprovação, na Câmara dos Representantes, da “Lei de Protecção da Saúde da Mulher, HR 8296”, que, se aprovada pelo Senado, imporia o “aborto a pedido” no país em qualquer fase da gravidez.

Este projecto de lei – aprovado por 219 votos do Partido Democrata – também procura eliminar as leis pró-vida a cada nível do governo, incluindo a notificação dos pais de meninas menores, consentimento informado e protecções específicas de saúde e segurança que devem reger as instalações onde o aborto é praticado.

A HR 8296 também exige que todos os americanos apoiem o aborto tanto no país, como no estrangeiro com o dinheiro dos seus impostos, e também obrigaria provedores e profissionais de saúde a realizar, assistir ou colaborar num aborto contra as suas crenças, bem como empregadores e seguradoras a cobrir ou pagar pelo aborto.

 

A antítese dos cuidados de saúde

Nesse sentido, o arcebispo de Baltimore e presidente do Comité de Actividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), William E. Lori, e o arcebispo de Nova Iorque e presidente do Comité de Liberdade Religiosa da da USCCB, o cardeal Timothy M. Dolan, chamaram o projecto de lei de “o mais injusto e extremo que a nação já viu”.

Para os arcebispos, querer responder às necessidades das mulheres promovendo o aborto electivo e financiado pelos contribuintes, como esta lei faria, “é um grave mal e uma falta de amor e serviço às mulheres”.

“Oferecer abortos gratuitos ou de baixo custo, em vez de aumentar os recursos que as mulheres precisam para cuidar de si e dos seus filhos, não é uma «escolha», mas uma coerção e uma negligência insensível. Simplesmente repetir a mentira de que o aborto é um serviço de saúde não o torna tal. Acabar deliberadamente com a vida de seres humanos indefesos e sem voz é a antítese dos cuidados de saúde”, argumentaram.

 

“Deixem este caminho de morte”

Lori e Dolan pediram que “aqueles que vêem o aborto como uma «solução» legítima para as necessidades das mulheres deixem esse caminho de morte e desespero”.

“Em vez disso, convidamos todos a juntarem-se a nós em busca da visão que apresentamos em «Apoiar as mães necessitadas»”.

O referido programa, explicaram, defende a verdade de que toda a vida humana é sagrada e inviolável, uma vez que “uma sociedade em que há protecção legal da vida humana é acompanhada de um profundo cuidado pelas mães e os seus filhos”.

Por fim, instaram a que seja dada prioridade ao bem-estar das mulheres, crianças e famílias, tanto com recursos materiais, como com acompanhamento pessoal, para que nenhuma mulher se sinta obrigada a escolher entre o seu futuro e a vida do seu filho.

Artigo de Miroslava López, publicado em Vida Nueva Digital a 20 de Julho de 2022.