Arquidiocese de Braga -
19 julho 2022
Pastoral da Saúde pede uma "Igreja para todos"
DACS com DAPS
Departamento Arquidiocesano pede especial atenção à integração da pessoa com deficiência e seus familiares/pessoas significativas.
O Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Saúde (DAPS) dedicou as reuniões deste ano à integração da pessoa com deficiência e seus familiares/pessoas significativas, escutando o testemunho de agentes desta pastoral específica.
Em comunicado, o DAPS refere que "há caminho já feito, mas são ainda imensos os desafios eclesiais neste âmbito", pedindo atenção a determinados elementos.
"Sendo amada por Deus em qualquer circunstância, toda a pessoa é capaz de amar, independentemente das suas características bio-psico-sociais e espirituais. As pessoas com deficiência são, naturalmente, agentes e não são somente destinatárias do amor de Deus", observam.
O Departamento adianta ainda que toda a pessoa é chamada a viver em comunidade e que as pessoas com deficiência, assim como qualquer pessoa, no que tem de específico e carismático, desejam sentir-se parte da comunidade cristã, realizando a sua vocação baptismal.
"A oração é ponto de equilíbrio, a festa é o motor, sobretudo para as pessoas com deficiências e as suas pessoas significativas. A alegria do Evangelho é um dom destinado a todo o corpo eclesial", acrescentam.
O DAPS sublinha que ainda existem "barreiras arquitectónicas" e, se outras barreiras mentais ainda dificultam, por exemplo, o acesso aos sacramentos, "subsistem ainda questões básicas de arquitectura que impedem a integração plena na vida da Igreja", o que faz com que, consequentemente, em momentos celebrativos, se note uma ausência das pessoas com deficiência.
"É preciso ser ensinada a «proximidade com o diferente», também na Igreja. Há formas de proximidade que humanizam e acolhem e outras que humilham e infantilizam", alertam.
Sendo que as famílias/cuidadores de pessoas com deficiência têm, naturalmente, direito a assistência espiritual e religiosa, o DAPS apela também a uma proximidade que tenha em conta situações de cansaço e de desgaste dos cuidadores.
O Departamento sugere ainda que se assinalem determinados dias paroquialmente, como o Dia do Cuidador Informal (5 de Novembro) e o Dia da Pessoa com Deficiência (3 de Dezembro)
No comunicado é ainda relembrado que a cidade de Braga dispõe de catequese e celebrações com a comunidade surda (Congregados) e que no território da Arquidiocese existem também os movimentos de espiritualidade com pessoas com deficiência “Fé e Luz” (Vila do Conde) e a “Fraternidade dos Doentes Crónicos e Deficientes Físicos” (Braga), além de diversas instituições sociais de acolhimento e acompanhamento a pessoas com deficiência.
O Departamento Arquidiocesano da Pastoral da Saúde sugere, por fim, a leitura de alguns documentos de reflexão e acção que podem servir a todas as Comissões e Departamentos arquidiocesanos na organização dos próximos anos pastorais:
— Guia de acolhimentos eclesial a pessoas com deficiência “Uma Igreja para todos”, Lisboa 2019
— As pessoas com deficiência – cidadãos de pleno direito, Conferência Episcopal Portuguesa: 2003
— Estatísticas sobre Deficiências ou Incapacidades, Gabinete de Estratégia e Planeamento
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