Arquidiocese de Braga -

19 julho 2022

Papa Francisco: Existem meios digitais “tóxicos” que se dedicam a espalhar “fraudes e discursos de ódio”

Fotografia DR

DACS com Vida Nueva Digital

Na sua mensagem aos participantes do congresso mundial “Signis”, a ser realizado em Agosto na Coreia do Sul, Francisco pede que se trabalhe em rede para “combater” mentiras e desinformação.

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Alguns meios digitais tornaram-se “lugares tóxicos”, onde se espalham “fraudes e discursos de ódio”.

É o aviso que o Papa Francisco deixou esta segunda-feira na mensagem em inglês que enviou aos participantes do congresso mundial “Signis”, que se irá realizar de 15 a 18 de Agosto na capital sul-coreana, Seul.

Este desafio deve ser respondido através da “educação”, do “trabalho em rede” dos meios de comunicação católicos e do “combate” às mentiras, fraudes e desinformação.

O Pontífice exortou os comunicadores convocados neste encontro, organizado pela associação católica mundial para a comunicação, a prestar “particular atenção” à resposta às necessidades das pessoas, especialmente dos jovens, para que “desenvolvam um sentido crítico sadio”, para que aprendam a “distinguir a verdade da mentira e o bem do mal”. E também que apreciem “a importância de trabalhar pela justiça, harmonia social e respeito pela casa comum”.

 

Revolução digital

Nas últimas décadas, o mundo dos meios digitais experimentou uma “revolução” com a qual demonstrou a sua capacidade de “promover a comunhão e o diálogo dentro da família humana”. Esta situação foi particularmente evidente durante os meses de confinamento devido à pandemia de coronavírus, recordou Jorge Mario Bergoglio, celebrando o facto de os meios digitais terem conseguido unir as pessoas, “não só divulgando informação essencial, mas também preenchendo a solidão do isolamento e, em muitos casos, unindo famílias inteiras e comunidades eclesiásticas em oração e adoração”.

Esses aspectos positivos não escondem o facto de os meios digitais e, sobretudo, as redes sociais da Internet, levantarem algumas “sérias questões éticas” que devem ser respondidas com “um julgamento sábio e criterioso”.

É algo que os comunicadores e aqueles que se preocupam com “a autenticidade e a qualidade das relações humanas” devem fazer.

Nas palavras que dedicou aos participantes do congresso “Signis”, Francisco citou a sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações de 2022, focada na escuta como “o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação”.

Artigo de Darío Menor, publicado em vida Nueva Digital a 19 de Julho de 2022.