Arquidiocese de Braga -
30 junho 2022
Francisco diz que é precisa “reconciliação” perante guerra entre povos cristãos
DACS com Vatican News/Agência Ecclesia
Para o Santo Padre é preciso “chorar as vítimas e o muito sangue derramado, a morte de tantos inocentes, o trauma de famílias, cidades, de um povo inteiro”.
O Papa Franscisco afirmou esta quinta-feira que é necessária a “reconciliação entre cristãos separados” quando cristãos lutam “uns contra os outros”. O líder da Igreja Católica recebeu no Vaticano uma delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, da Igreja Ortodoxa.
Francisco explicou que “a reconciliação entre cristãos separados, como uma contribuição para a pacificação de povos em conflito, é mais do que nunca actual, enquanto o mundo é abalado por uma cruel e insensata agressão bélica”.
Para o Santo Padre, que lamentou o sofrimento dos que “perderam seus mais próximos e queridos e são forçados a abandonar a própria casa e a própria pátria”, é preciso “chorar as vítimas e o muito sangue derramado, a morte de tantos inocentes, o trauma de famílias, cidades, de um povo inteiro”.
O Papa acrescentou que existe ainda a “necessidade de socorrer esses irmãos e irmãs”, numa “chamada à caridade que, como cristãos, somos obrigados a exercer em relação a Jesus migrante, pobre e ferido”.
Francisco deixou ainda claro que é precisa conversão para “compreender que as conquistas armadas, expansões e os imperialismos nada têm a ver com o Reino que Jesus anunciou”.
Mais de metade dos 45 milhões de ucranianos fazem parte da Igreja Ortodoxa, onde também é visível o confronto entre Kiev e Moscovo, com a existência de dois patriarcados no território. Em Janeiro de 2019, Bartolomeu reconheceu nova Igreja na Ucrânia como “autocéfala”, independente, decisão rejeitada por Moscovo.
O líder da Igreja Católica disse que o tradicional intercâmbio de delegações entre a Igreja Católica e o Patriarcado Ecuménico é “um sinal tangível de que o tempo de distância e indiferença, durante o qual se pensava que as divisões eram um fato irremediável, foi superado”.
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