Arquidiocese de Braga -

13 maio 2022

Imagem peregrina deve regressar a Fátima, mas Ucrânia terá réplica

Fotografia Santuário de Fátima

DACS com The Tablet

“A imagem peregrina é, por definição, aquela que sai e regressa ao santuário”, disse o Pe. Carlos Cabecinhas.

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O Santuário de Fátima, em Portugal, recusou um pedido feito pela Igreja Greco-Católica Ucraniana para deixar a Imagem Peregrina de Nossa Senhora permanecer na catedral de Lviv para sempre, mas em vez disso vai abençoar e enviar uma nova imagem idêntica.

A imagem peregrina foi enviada a Lviv a pedido da igreja local após o início da guerra e chegou a tempo da consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, que ocorreu a 25 de Março, festa da Imaculada Conceição .

Inicialmente, a imagem deveria permanecer em Lviv por um mês, mas o arcebispo de Lviv, Ihor Vozniak, pediu que ficasse mais tempo, ou mesmo que fosse entregue à catedral de forma permanente.

Numa conferência de imprensa antes das celebrações da festa de Nossa Senhora de Fátima, a 13 de Maio, o vice-reitor do santuário, o padre Carlos Cabecinhas, disse que o pedido de doação da imagem foi recusado, por princípio, mas foi encontrada uma alternativa.

“A imagem peregrina é, por definição, aquela que sai e depois regressa ao santuário de Fátima”, disse o padre Cabecinhas, explicando que a imagem actual pode ficar o tempo que for necessário, e espera-se que possa visitar também outras dioceses, mas deve eventualmente ser devolvida.

Em vez disso, uma imagem nova e idêntica foi abençoada no Santuário e será enviada à Ucrânia como presente.

As imagens peregrinas de Nossa Senhora são cópias exactas do original, que foi feito segundo as estritas instruções da Irmã Lúcia, a única dos três pastorinhos que presenciaram as aparições a sobreviver à infância.

Foi solenemente coroado a 13 de Maio de 1947, e desde então a bala usada no atentado contra a vida de São João Paulo II, a 13 de Maio de 1981, foi colocada na coroa. A imagem enviada a Lviv em Março é a décima terceira réplica.

As celebrações da festa deste ano foram presididas pelo arcebispo venezuelano Edgar Peña Parra, que é o substituto da Secretaria de Estado, no Vaticano.

Durante o seu sermão na vigília à luz das velas, o arcebispo condenou a “violência atroz e bárbara da guerra, que não produz vencedores, apenas perdedores, apenas lágrimas”.

Artigo de Filipe Avillez, publicado no The Tablet a 13 de Maio de 2022.