Arquidiocese de Braga -

8 abril 2022

Secretário de Estado do Vaticano diz que viagem papal a Kiev é possível

Fotografia Nuno Veiga/EPA

DACS com Crux/Vatican News

Pietro Parolin diz que as possíveis consequências de uma viagem apostólica de Francisco estão a ser avaliadas.

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O principal diplomata da Santa Sé afirma que uma viagem apostólica a Kiev, a capital da Ucrânia, durante a actual invasão russa, é possível.

O cardeal italiano Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, foi questionado sobre a "adequação" de uma viagem de Francisco a Kiev, e o prelado disse que as condições necessárias para tornar a visita possível "parecem existir".

"Do lado ucraniano, temos sempre recebido amplas garantias que não haveria perigos e é feita referência a outras viagens feitas por outros líderes e que ainda decorrem", disse o cardeal aos jornalistas à margem de um evento da Rádio Vaticano. Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, viajou para Kiev esta sexta-feira.

As palavras de Parolin surgem no dia seguinte ao encontro com Andrii Yurash, o embaixador ucraniano junto da Santa Sé, que apresentou formalmente as suas credenciais ao Papa Francisco na quinta-feira. Yurash já tinha afirmado acreditar que a segurança do Santo Padre estaria assegurada no caso de uma eventual viagem.

Parolin diz que acredita que "no fim de contas, uma viagem a Kiev não é proibitiva, pode ser feita, e nós avaliamos se pode contribuir para o fim da guerra".

No entanto, o que actualmente está a ser avaliado são as "consequências", incluindo o impacto que tal visita poderia ter nas relações com a Igreja Ortodoxa Russa, uma situação que Parolin considera "delicada", explicando que "certamente o Papa não iria para assumir uma posição quer a favor de um ou outro", mas que este aspecto "terá que ser tido em conta na consideração geral da possibilidade de fazer ou não a viagem".