Arquidiocese de Braga -

14 março 2022

Francisco convida ao reforço da oração durante a Quaresma

Fotografia Vatican Media

DACS com Agência Ecclesia

“Neste tempo quaresmal, depois das dificuldades de cada dia, vai fazer-nos bem não apagar a luz do quarto sem nos colocarmos na luz de Deus”, disse o Papa.

\n

O Papa convidou este domingo, no Vaticano, os católicos a reforçarem a oração durante o tempo da Quaresma, e deixou sugestões para “despertar da letargia interior”.

Francisco afirmou que, “neste tempo quaresmal, depois das dificuldades de cada dia, vai fazer-nos bem não apagar a luz do quarto sem nos colocarmos na luz de Deus”, o que significa rezar um pouco, antes de ir dormir”.

Antes de recitar a oração do ângelus, o líder da Igreja Católica deixou ainda várias sugestões aos fiéis para “despertar da letargia interior” e dar ao Senhor a oportunidade de nos surpreender e despertar os nossos corações”. É possível dar essa oportunidade abrindo o Evangelho e deixando-nos maravilhar pela Palavra de Deus” ou olhar para o Crucifixo e maravilhar-nos com o amor louco de Deus, que nunca se cansa de nós e tem o poder de transfigurar os nossos dias, dar-lhes um novo significado, uma luz diferente e inesperada”.

O Papa Francisco descreveu a Quaresma como uma “oportunidade” para manter o coração acordado: “Que a Virgem Maria nos ajude a manter os nossos corações despertos para acolher este tempo de graça que Deus nos oferece”.

“Em nome de Deus, peço-vos: parai este massacre!”

Após a oração do ângelus, Francisco regressou ao tema da invasão russa da Ucrânia para fazer um apelo emocionado ao fim da guerra e denunciar a “barbárie” que está a transformar cidades do país do Leste da Europa em “cemitérios”.

Depois do apelo – “Em nome de Deus, peço-vos: parai este massacre!” –, o Santo Padre disse que, “diante da barbárie da morte de crianças, de inocentes e civis indefesos, não há razões estratégicas que se mantenham de pé” e que é necessário parar a inaceitável agressão armada, antes que reduza as cidades a cemitérios”.

“Com dor no coração, uno à minha voz à das pessoas comuns, que imploram o fim da guerra. Que, em nome de Deus, se ouça o grito de quem sofre e se coloque fim aos bombardeamentos e ataques; que se aponte real e decididamente às negociações e se abram corredores humanitários efetivos e seguros”, acrescentou Francisco.

O Papa referiu ainda a situação da cidade de Mariupol, que se tornou uma cidade mártir da guerra atroz que está a devastar a Ucrânia”.  De acordo com as autoridades locais, 2187 moradores foram mortos desde o início da invasão e a cidade portuária está a ficar sem comida e água, e o comboio de camiões de ajuda não conseguiu, de novo, chegar à cidade.

Francisco apelou ainda ao acolhimento dos refugiados, “nos quais está presente Cristo”, e agradeceu pela “grande rede de solidariedade” que se formou. Segundo a Organização das Nações Unidas, 2,7 milhões de pessoas tinham fugido da Ucrânia até sábado. Quase 1,7 milhões destas pessoas foram para a Polónia.