Arquidiocese de Braga -

25 fevereiro 2022

"Nada se perde com a paz, tudo pode ser perdido com a guerra"

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CNJP

Nota da Comissão Nacional Justiça e Paz.

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O que até há algum tempo parecia impensável aconteceu. Assistimos a uma guerra de agressão na Europa e muitos descrevem a atual situação como a pior crise de segurança na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial. Parece que há quem não tenha ainda aprendido as lições da História. Tornam-se, por isso, oportunas e atuais as palavras de Pio XII na sua radiomensagem de 24 de agosto de 1939, quando estava iminente o início dessa guerra:

«É com a força da razão, não com a das armas, que a Justiça progride. E os impérios que não são fundados sobre a Justiça não são abençoados por Deus. A política emancipada da moral atraiçoa aqueles mesmos que a desejam. O perigo é iminente, mas ainda há tempo. Nada se perde com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra».

Na verdade, esta guerra vitima em especial o povo ucraniano, mas com ela todos perderão, até os que não estão diretamente envolvidos no conflito.

Perante a tragédia a que assistimos, a Comissão Nacional Justiça e Paz quer ser eco do dramático apelo do secretário geral das Nações Unidas, «em nome da humanidade», para que o governo russo cesse a agressão militar que iniciou e que atingirá vidas inocentes e provocará outros danos incalculáveis.

Apelamos a que todos os atores políticos não deixem de tentar vias diplomáticas que permitam uma solução pacífica do conflito no respeito do direito internacional.

Manifestamos a nossa solidariedade para com o povo ucraniano (a começar pelos imigrantes que muito têm contribuído para o progresso do nosso país) e apelamos aos governos e sociedades que se empenhem na ajuda humanitária às vítimas do conflito, nela incluindo o acolhimento de refugiados.

Sobretudo, declaramos a nossa adesão ao apelo do papa Francisco à oração e ao jejum, pela paz e pela Ucrânia, a tal dedicando mais intensamente o próximo dia 2 de março, Quarta-Feira de Cinzas.

 

Lisboa, 25 de fevereiro de 2022

A Comissão Nacional Justiça e Paz