Arquidiocese de Braga -
3 fevereiro 2022
Papa e imã de Al-Azhar assinalam Dia Internacional da Fraternidade Humana
DACS com Agência Ecclesia
Ocasião é celebrada na sexta-feira, dia 4 de Fevereiro. António Guterres deu documento sobre fraternidade que ambos os responsáveis religiosos assinaram como exemplo do diálogo e compreensão necessários.
O Papa Francisco e o grande imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, vão assinalar esta sexta-feira o Dia Internacional da Fraternidade Humana com uma mensagem em vídeo para a Mesa Redonda para a Fraternidade Humana e a Aliança Mundial para a Tolerância, que vai ter lugar na Expo Dubai.
A Santa Sé vai ser representada pelo cardeal Ayuso Guixot, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, na iniciativa organizada conjuntamente pelo Ministério da Tolerância e Coexistência dos Emirados Árabes Unidos e pelo Alto Comité para a Fraternidade Humana, com o apoio do Vaticano e da Universidade de Al-Azhar.
O Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso convida ainda os fiéis a participar na comemoração do Dia Internacional da Fraternidade Humana como resposta “à exortação do Papa Francisco e do grande imã Al-Tayyeb para trabalharmos juntos na superação dos desafios que a humanidade enfrenta”.
O Vaticano espera também que a celebração ajude a “promover, apoiar e encorajar comunidades e pessoas de todo o mundo a ser, juntos, verdadeiros mensageiros de unidade, solidariedade e fraternidade”.
A relação entre o Papa Francisco e o grande imã Ahmad Al-Tayyeb – assim como o documento sobre a fraternidade humana para a paz mundial e a convivência comum que ambos assinaram em 2019 – é destacada pelo secretário-geral das Nações Unidas na mensagem para a data, em que alerta para o aumento dos discursos de ódio e da intolerância.
António Guterres escreve que em todo o mundo é visível “um aumento nos discursos de ódio, intolerância, discriminação e até ataques físicos contra pessoas, simplesmente por causa de sua religião ou crença, etnia, gênero ou orientação sexual” e afirma que esses actos “hediondos” são violações dos “direitos humanos e afrontam os valores das Nações Unidas”.
O responsável português critica, em particular, aqueles que “exploram as diferenças, traficam o ódio e instilam o medo do outro”, e convida todos a reflectir sobre a “importância da compreensão cultural e religiosa e do respeito mútuo”.
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