Arquidiocese de Braga -
2 fevereiro 2022
"A capacidade de amar é um dom de Deus"
DACS
Comissão Episcopal do Laicado e Família escreveu carta aos jovens por ocasião do "Dia dos Namorados".
A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) escreveu uma mensagem no âmbito do "Dia dos Namorados", dirigindo algumas palavras aos jovens cristãos sobre o namoro.
"Por namoro entendemos um relacionamento privilegiado entre um rapaz e uma rapariga que se alimenta por um objetivo claro, embora nem sempre atingido: casar e vir a formar uma família", começa por dizer a CELF.
A Comissão refere que uma declaração de amor exige verdade, supondo uma coerência entre o sentimento mais profundo, a intenção e as palavras que se pronunciam e que ninguém deve brincar com o coração de outra pessoa.
"Deus colocou no mais íntimo da pessoa a capacidade de se apaixonar por outra pessoa de sexo diferente e daí resultar a realização da vida e a origem de novas vidas. A capacidade de amar é um dom de Deus. O amor é misterioso, é dom interior. E a certa altura, por conviver de perto com certa pessoa, passou a ser imprescindível conversar com mais tempo porque, por especial empatia, ela já ocupa em lugar privilegiado dentro do seu coração", pode ler-se.
A CELF sublinha a seriedade e as consequências de uma declaração de amor e observa que a paixão amorosa não é posse.
"É delicadeza e generosidade, é desejo de estar com a pessoa amada, sobretudo de estar no seu coração. A paixão gera a disposição e disponibilidade para fazer feliz a outra pessoa, contando que seja correspondida. É necessário tempo e não ter pressa. É necessário cultivar um amor respeitador e não egoísta", afirma a Comissão.
Os responsáveis concluem a missiva dizendo que é preciso falar com seriedade sobre todas as dimensões da vida humana, incluindo a dimensão afetivo-sexual.
"Desejamos que os jovens cristãos sejam afetuosos e saibam viver a sua capacidade sexual com verdade, sinceridade, respeito e sabedoria. Saibam guardar-se e não queimar etapas. Uma afetividade mal gerida na juventude pode determinar negativamente a vida inteira", explicam.
A Comissão observa ainda que o tempo de namoro é o tempo para se conhecer bem o outro, sendo determinante esse tempo e o do noivado para prepararem responsavelmente o casamento e toda uma vida em comum.
"Não afastemos a luz da fé cristã para vivermos os relacionamentos afetuosos. Cristo ama os jovens e quer salvá -los da violência e da desgraça. Todas as capacidades que em nós despertam e se desenvolvem com o apoio de muitas pessoas, são dons naturais que, enriquecidos com o conhecimento e o dom sobrenatural da fé, tornam a pessoa mais harmonizada, íntegra e feliz. Que o dia dos namorados sirva também para agradecer a capacidade de amar!", concluem.
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