Arquidiocese de Braga -

4 janeiro 2022

"Usar máscara na missa é um pequeno sacrifício que agrada a Deus", diz padre

Fotografia Flavio Lo Scalzo/Reuters via CNS

DACS com Crux

Bispos italianos repetiram que o certificado de vacinação não é necessário para participar na missa, mas todos devem usar uma máscara, manter o distanciamento social e receber a comunhão apenas na mão.

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Usar uma máscara de alta filtragem sobre o nariz e a boca na missa “é um pequeno sacrifício que podemos trazer para o altar como uma oferta agradável a Deus pelo bem de todos os seus filhos”, disse o padre Roberto Colombo, geneticista e membro da Pontifícia Academia para a Vida.

À medida que a variante omicron de COVID-19 se espalhou pela Itália e o governo promulgou medidas mais rígidas para os não vacinados, os bispos italianos repetiram que o certificado de vacinação não é necessário para participar na missa, mas todos na congregação devem usar uma máscara, manter o distanciamento social e receber a comunhão apenas na mão.

Colombo, que lecciona na Universidade Católica da Escola de Medicina do Sagrado Coração de Milão e é membro do Comité Nacional de Bioética do governo italiano, disse que usar máscara na igreja é “um sinal de caridade pastoral” e uma medida necessária para manter as igrejas abertas.

Escrevendo a 2 de Janeiro no Avvenire, o jornal diário da conferência dos bispos italianos, o padre Colombo disse que as regras para as liturgias públicas elaboradas pelo governo e autoridades da Igreja em Maio de 2020 – após quase dois meses sem celebrações públicas da eucaristia – cumpriram o objectivo de proteger a saúde das pessoas sem sobrecarregar as paróquias ou os indivíduos.

O sacerdote disse que também ajudou à situação o facto de, segundo estatísticas do governo a 3 de Janeiro, mais de 89% dos italianos maiores de 12 anos terem recebido pelo menos uma dose da vacina COVID-19 e quase 86% da população estar totalmente vacinada. Muitas dioceses exigiram que os padres e outros agentes pastorais fossem totalmente vacinados se quisessem ministrar.

A alta taxa de vacinação, disse o padre Colombo, é especialmente importante porque significa que “os idosos e as pessoas mais frágeis também podem participar nas celebrações comunitárias com segurança”, pois as vacinas “reduzem a probabilidade de contrair COVID-19 nas suas formas sintomáticas mais graves”.

No entanto, disse ele, como a variante omicron é altamente contagiosa, as pessoas deveriam começar a usar máscaras de alta filtragem na missa – a FFP2, semelhante à N95 nos Estados Unidos, que o governo italiano decretou no final de Dezembro, deve ser usada em todos os meios de transportes públicos, em teatros e em qualquer espectáculo ou evento desportivo realizado em ambientes fechados ou estádios.

“Além do sentido cívico de responsabilidade pelo bem comum, nas nossas comunidades cristãs existe também a caridade pastoral, que pede a todos – ministros e fiéis – uma atenção especial no uso da máscara correta”, afirmou.

“Claro, pode ser desconfortável, especialmente para os idosos, mas é um pequeno sacrifício que podemos levar ao altar como uma oferta agradável a Deus pelo bem de todos os Seus filhos”.

 

Artigo de Cindy Wooden, publicado no Crux a 3 de Janeiro de 2021.