Arquidiocese de Braga -

9 dezembro 2021

Grã-Bretanha e Irlanda: inquéritos mostram queda na participação na eucaristia pós-Covid

Fotografia Akira Hojo

DACS com The Tablet

Dois inquéritos diferentes sobre como a Igreja irá emergir da pandemia de Covid, realizados entre aqueles que frequentam a igreja na Grã-Bretanha e na Irlanda, prevêem uma queda significativa na frequência da igreja pós-Covid.

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Um inquérito pedido pelo Iona Institute, e levado a cabo pela Amárach Research, descobriu que 53 por cento das pessoas que participavam na missa pré-Covid na Irlanda ainda não regressaram, enquanto 47 por cento dizem que participam regularmente na eucaristia.

No entanto, 23 por cento dos entrevistados disseram que não tinham intenção de voltar à Eucaristia. Isto representa uma queda de 12 por cento na participação regular na missa em dois anos. Entre os ex-participantes regulares, 46 por cento disseram que não sabiam se voltariam ou não.

Os entrevistados apontaram o desconforto em usar máscaras e um enfraquecimento da fé como alguns dos motivos para não voltarem.

Separadamente, mais de dois terços dos cristãos em todo o Reino Unido disseram que não regressarão à igreja com a mesma regularidade de antes da pandemia, de acordo com uma investigação conjunta do Premier e da World Vision pela Savanta ComRes.

O inquérito do Premier e da World Vision com 2.016 pessoas analisou o impacto da pandemia de Covid na vida da igreja e como é que a igreja pode evoluir num novo ambiente pós-Covid.

Pouco mais de um terço dos entrevistados, 36 por cento, disseram que esperavam regressar à igreja exactamente com a mesma regularidade que antes da Covid.

Entre as pessoas com 65 anos ou mais, 59 por cento disseram que pretendem regressar como antes, mas apenas 32 por cento dos seus homólogos mais jovens esperavam fazê-lo com a mesma frequência. Entre os que têm 65 anos ou mais, 41 por cento também afirmou que a liderança da igreja falhou em oferecer apoio pastoral por telefone ou pessoalmente durante a pandemia, apesar do impacto das restrições sobre a saúde mental e o bem-estar de muitas pessoas.

Quase metade de todos os entrevistados, incluindo a faixa dos 18-34, disse que a sua vida de oração tinha realmente aumentado durante a pandemia e que os ajudou a lidar com ela.

Sobre que forma a igreja online irá assumir e como irá competir com a igreja física, menos de um terço dos entrevistados acredita que a vida da igreja voltará a ser como era anteriormente, sem nenhuma mudança significativa.

Quase dois terços dos entrevistados concordaram que a igreja online veio para ficar, em paralelo com uma mudança permanente que irá combinar a igreja física com a igreja virtual.

Cerca de 68 por cento dos entrevistados disseram que os serviços online são uma forma valiosa de incluir mais pessoas na vida da igreja, como aqueles que estão confinados ou que servem no estrangeiro.

Sobre as implicações financeiras da pandemia, mais de metade de todos os entrevistados disseram que a sua igreja teve dificuldades financeiras por causa da Covid e exactamente a mesma percentagem acredita que as suas finanças, de facto, se deterioraram.

A Irlanda do Norte, como região, parece ter tido menos dificuldades, com 41% a afirmar que a sua igreja está a ter dificuldades financeiras em comparação com a média de 56% do Reino Unido.

Enquanto isto, os bispos da Irlanda decidiram continuar a suspensão da obrigação dominical após um recente aumento nos casos de Covid e o aparecimento da variante Omicron.

Artigo de Sarah Mac Donald, publicado no The Tablet a 9 de Dezembro de 2021.