Arquidiocese de Braga -
26 novembro 2021
Igreja é “a casa” das pessoas com deficiência, diz Francisco
DACS com Agência Ecclesia
O líder da Igreja Católica assinala na mensagem para o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência que a discriminação “ainda está demasiado presente” na vida social.
O Papa Francisco diz que a Igreja é “a casa” das pessoas com deficiência, que cada uma é chamada a contribuir para o actual “percurso sinodal” e lembra, na mensagem para o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, a defesa para que todos tenham cuidados de saúde.
Francisco escreve que o baptismo torna “cada um de nós membro de pleno direito da comunidade eclesial e dá a cada um, sem exclusões nem discriminações, a possibilidade de exclamar: «Eu sou Igreja»”, acrescentando que a Igreja é “casa” das pessoas com deficiência.
O Papa explica às pessoas portadoras de deficiência que cada uma também é chamada “a oferecer” a sua contribuição para o “percurso sinodal” que a Igreja Católica está a viver desde Outubro e até 2023, mostrando-se “convencido” que, “se este for verdadeiramente «um processo eclesial participado e inclusivo», a comunidade eclesial sairá dele realmente enriquecida”.
O líder da Igreja Católica assinala na mensagem que a discriminação à pessoa com deficiência “ainda está demasiado presente” na vida social, “alimenta-se de preconceitos, da ignorância” e de uma cultura que tem dificuldade em “compreender o valor inestimável de toda a pessoa”
Francisco começa por explicar que escreveu a mensagem para o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência 2021, comemoradado a 3 de Dezembro, para manifestar directamente a quem vive com uma “condição de deficiência” que a Igreja os ama e precisa “de cada um para cumprir a sua missão ao serviço do Evangelho”.
Sobre a vida da Igreja, o Papa refere que «a pior discriminação (…) é a falta de cuidado espiritual» que, às vezes, “se manifestou na negação do acesso aos Sacramentos”, citando a exortação Evangelii Gaudium, destacando que o novo Directório para a Catequese afirma, de forma explícita, que «ninguém pode recusar os Sacramentos às pessoas com deficiência».
O Papa explica que a Igreja está ao lado daqueles que “ainda estão a lutar contra” a covid-19 e, como sempre, “reitera a necessidade de se cuidar” de cada pessoa, “sem que a condição de deficiência seja de obstáculo para o acesso aos melhores tratamentos disponíveis”.
Francisco salienta que a amizade de Jesus “protege no tempo da provação” e que ter Jesus como amigo “é a maior das consolações”, pode fazer de cada pessoa um discípulo “agradecido, jubiloso”, capaz de testemunhar que “a própria fragilidade não é um obstáculo para viver e comunicar o Evangelho”.
O Papa salienta que os Evangelhos relatam que a vida de algumas pessoas com deficiência “mudou profundamente” quando encontraram Jesus e “começaram a ser testemunhas d’Ele”, e apela às pessoas com deficiência que rezem.
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