Arquidiocese de Braga -
7 outubro 2021
"Fátima" chega hoje às salas de cinema
Com interpretações de Harvey Keitel, Sônia Braga, Goran Visnjic, Lúcia Moniz, Marco d’Almeida e Joaquim de Almeida, “Fátima” envolveu um total de 72 actores e 2500 figurantes.
Chega hoje, 7 de Outubro, às salas de cinema portuguesas o filme de Marco Pontecorvo, "Fátima".
“Concebido como obra de arte, as opções estéticas de Marco Pontecorvo, realizador da longa-metragem, põem em relevo, de forma digna e íntegra, o comportamento de todos quantos se confrontaram com o acontecimento de Fátima”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas.
O sacerdote diz ainda que “o filme Fátima mostra como é possível à humanidade acreditar na contínua intervenção divina no mundo contemporâneo em que vivemos”.
"Fátima" foi filmado em várias localidades portuguesas, nomeadamente em Coimbra, Fátima e Tomar e também na Tapada de Mafra. A banda sonora Gratia Plena é da autoria do compositor Paulo Buonvino com interpretação do tenor Andrea Bocelli.
Com interpretações de Harvey Keitel, Sônia Braga, Goran Visnjic, Lúcia Moniz, Marco d’Almeida e Joaquim de Almeida, “Fátima” envolveu um total de 72 actores e 2500 figurantes.
A opinião do DACS
O Departamento Arquidiocesano para a Comunicação Social teve oportunidade de assistir à antestreia e reitera a opinião do Pe. Cabecinhas: mais do que retratar de forma fiel as memórias da Irmã Lúcia, o filme é uma autêntica obra de arte.
Com uma imagem belíssima, o filme é capaz de comover qualquer pessoa ao retratar as provações vividas por Lúcia, Jacinta e Francisco, que nunca desistiram de lutar por aquilo em que acreditavam. Nem perante a maior pressão psicológica – sobretudo sobre Lúcia –, as crianças vacilaram.
É um filme sobre fé inabalável e sobre a conversão de uma aldeia – várias "aldeias", até – às visões de três crianças, também elas inabaláveis na sua crença e amor a Deus. Nem o administrador mais austero e céptico, nem soldados fardados, nem a presença imponente de um bispo as consegue demover.
A película gira em torno dos "flashbacks" de Lúcia, agora uma Irmã Carmelita num mosteiro. É muito interessante a dinâmica entre Lúcia e o Professor Nichols, que a visita no âmbito do livro que se encontra a escrever sobre as aparições. Nichols não é crente e chega a "provocar" a Irmã com as suas opiniões: acha que realmente aconteceu "alguma coisa em Fátima", mas afirma que nem sempre o "inexplicável é transcendente". Lúcia, num manto de serenidade e convicção, vai respondendo à medida: "o que e a fé, se não a procura da verdade", pergunta-lhe?
Acima de tudo, parece ser um filme que prega a tolerância, algo que a relação que se estabelece entre Nichols e a Irmã Lúcia evidencia: duas pessoas ao mesmo nível em termos de conhecimento e cultura têm diferentes concepções sobre a fé e a religião; no entanto, não deixa de haver respeito mútuo. Como, aliás, é dito durante o filme, "conhecimento significa tolerância".
Deixe-se surpreender pelas interpretações, pela beleza das imagens e pelo tacto no retrato dos Três Pastorinhos de Fátima. Não se vai arrepender!
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