Arquidiocese de Braga -

O Papa afirmou este domingo, dia 18, no Vaticano, que o Verão deve ser uma oportunidade de “parar, calar, rezar” e alertou para o perigo de “passar da correria do trabalho para a das férias.

O pontífice aconselhou, antes da oração do ângelus, a haver cuidado com o “eficientismo” e a parar “a corrida frenética ditada pelas nossas agendas”, a aprender a parar e a “desligar o telemóvel, a contemplar a natureza, a regenerar-nos no diálogo com Deus”.

De regresso ao Palácio Apostólico após a operação de 4 de Julho e o consequente internamento, Francisco sublinhou a importância do descanso, que Jesus recomendou aos seus próprios discípulos, para combater o “cansaço físico e interior”. O Papa explicou que Jesus quer alertar os discípulos “de um perigo, que sempre está à espreita, também para nós: deixar-se cair no frenesim do fazer, cair na armadilha do ativismo, onde o mais importante são os resultados que obtemos e sentir-se protagonistas absolutos”.

Francisco recomendou ainda um descanso que chegue ao “coração” e acrescentou que não basta “«desligar», é preciso descansar de verdade” e que, a partir deste “coração sem pressa”, é possível viver com atenção aos outros, às suas feridas e necessidades, porque “a compaixão nasce da contemplação”.

O Papa lamentou também que muitos vivam numa atitude “voraz, de quem quer possuir e consumir tudo”, e disse que é precisa uma “«ecologia do coração», feita de descanso, contemplação e compaixão”.