Arquidiocese de Braga -

14 maio 2021

DACS e Arciprestado de Guimarães e Vizela reuniram com jornalistas

Fotografia DACS

DACS

O encontro juntou elementos da Arquidiocese e jornalistas do Grupo Santiago, do Grupo Mais Guimarães, da Rádio Fundação, do Jornal de Guimarães, do Jornal Reflexo, d'A Voz de Creixomil, do Jornal O Conquistador, do Diário do Minho e da Rádio Vizela.

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O Departamento Arquidiocesano para a Comunicação Social reuniu hoje em Guimarães com vários profissionais da comunicação, a convite do Arciprestado de Guimarães e Vizela.

Em ambiente descontraído, o encontro juntou elementos da Arquidiocese e jornalistas do Grupo Santiago, do Grupo Mais Guimarães, da Rádio Fundação, do Jornal de Guimarães, do Jornal Reflexo, d'A Voz de Creixomil, do Jornal O Conquistador, do Diário do Minho e da Rádio Vizela.

Com a Mensagem do Papa Francisco para o 55.º Dia Mundial das Comunicações Sociais ("«Vem e verás» (Jo 1, 46). Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são"en), a iniciativa teve como objectivo a partilha de experiências e conhecimento.

"O objectivo do dia de hoje é conhecer-nos melhor, até porque as relações são fundamentais. Posso não ser jornalista, mas procuro colocar-me no vosso lugar", começou por dizer o Pe. Paulo Terroso, director do DACS, aos presentes.

O responsável pelo Departamento de Comunicação transmitiu ainda a todos uma "mensagem de apreço" do Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, "pelo excelente trabalho que os jornalistas vão desenvolvendo".

Sobre a Mensagem do Papa, o Pe. Paulo Terroso disse ser um documento que "manifesta as dificuldades do jornalismo, mas também a paixão de quem o vive" e alertou para os "jornais fotocópia" mencionados pelo Papa Francisco.

Os jornalistas presentes concordaram com o facto de o jornalismo de investigação ter vindo a perder cada vez mais terreno e apontaram várias causas que contribuem para esse problema: a digitalização, que exige ao jornalista uma grande polivalência e dispersão de trabalho em diferentes meios com a mesma carga horária de sempre; um cada vez menor investimento nas redacções e em jornalistas; e a pandemia, que trouxe um maior número de transmissões de eventos, acabando por ser mais simples e económico para o jornalista fazer a notícia a partir dessas transmissões, não se deslocando ao local.

Um dos jornalistas presentes referiu também a pouca abertura de algumas instituições que se limitam a comunicar aos jornalistas acontecimentos que ocorreram "à porta fechada", sendo impossível confirmá-los. 

"Resta-nos acreditar nas instituições, o que é cada vez mais difícil quando cada vez mais elas se fecham. Estamos no século XXI, deveria acontecer precisamente o contrário", referiu.

A propósito das instituições civis, foi ainda dito que algumas dessas "grandes entidades" pensam ter o controlo dos jornais, sendo-lhes fácil avançar com represálias contra um órgão de comunicação se este noticiar alguma coisa que não lhes seja favorável.

"O jornalimo é um pilar da sociedade democrática. Se não se assumir isso e se não se encontrarem outras formas de financiamento, os órgãos de comunicação terão que encontrar outras formas de se auto-sustentarem. Só assim conseguimos garantir que o jornalismo continue a ser esse pilar. E se não fizermos isso rápido...", alertou outro dos jornalistas presentes.