Arquidiocese de Braga -

7 maio 2021

Associação dos Médicos Católicos Portugueses apresentou-se ao Presidente da CEP

Fotografia

DACS com Leopoldina Simões

Encontro online teve início com uma oração de bênção por D. José Ornelas, seguindo-se a apresentação de todo o grupo de trabalho e uma síntese histórica da Associação e das suas principais áreas de trabalho e serviço.

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A apresentação da Direcção Nacional da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP), eleita em Novembro de 2020, ao Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Ornelas, decorreu a 3 de Maio.

“Há muito que pretendíamos este encontro para manifestar a nossa disponibilidade para colaborar com a Igreja Portuguesa, de que fazemos parte, naquilo a que formos chamados. Foi para nós uma grande alegria e humildade poder apresentar esta maravilha centenária que é a AMCP”, sublinhou o médico José Diogo Ferreira Martins, que preside à Direcção Nacional.

O encontro online teve início com uma oração de bênção por D. José Ornelas, seguindo-se a apresentação de todo o grupo de trabalho e uma síntese histórica da centenária AMCP (1915) e das principais áreas de trabalho e serviço, nomeadamente na formação – com jornadas e congressos; oração – com retiros e peregrinações; informação – sobretudo pela revista Acção Médica; intervenção cívica, e voluntariado – de modo especial o voluntariado no Posto de Socorros do Santuário de Fátima, realizado há várias décadas.

José Diogo Ferreira Martins referiu a “grande alegria e responsabilidade” pelo trabalho desenvolvido pela AMCP, a “experiência” de um século de serviço à Igreja e à sociedade e os propósitos de “passar o catolicismo para dentro do hospital” e de “falar mais alto, para fora da Igreja”.

“A Associação dos Médicos Católicos tem sido a melhor companhia que eu podia ter na minha vida profissional desde há pelo menos trinta anos. É das instituições da Igreja, por qualquer razão, aquela por quem eu tenho mais proximidade e mais carinho”, disse, por sua vez, o médico João Paulo Malta.

Já a presidente do núcleo diocesano de Lisboa, Margarida Neto, referiu a Associação como “uma companhia muito boa da presença de Cristo na profissão” e sublinhou a intenção de a associação crescer ainda mais nas áreas da “pastoral na saúde – estar no hospital, estar no centro de saúde, estar na paróquia – e não apenas ser a guarda avançada da Igreja, como por vezes somos descritos, nas questões fracturantes”.

A apresentação foi oportunidade de a AMCP sublinhar a sua identidade enquanto associação profissional católica, a sua missão para os próximos anos, a nível interno e externo, e de apresentar a sua disponibilidade para colaborar em acções de formação para o Clero sobre temas específicos da área da saúde e da medicina, ou outras iniciativas em que a sua presença seja entendida como importante.

Entre outras questões levantadas, e com base na experiência dos médicos em meio hospitalar, outro membro da Direcção Nacional, Maria João Lage, referiu a importância do papel do capelão hospitalar, pessoa e “serviço que leva à conversão, ao milagre da conversão que por vezes acontece no sofrimento”.

D. José Ornelas, também bispo de Setúbal, sublinhou na AMCP “a visão pedagógica, científica e de valor cristão” e também a “base de diálogo civilizacional”, isto porque “antes de ser uma questão de fidelidade (à Igreja) é uma fidelidade à humanidade”. Na despedida, o prelado deixou nova bênção: “Que Deus vos abençoe!”.

A nova Direcção Nacional da Associação dos Médicos Católicos Portugueses foi eleita por unanimidade em Novembro de 2020, propondo-se “continuar uma reflexão cristã sobre todos os temas relacionados com a profissão médica, defendendo e anunciando com alegria a dignidade da pessoa humana desde o início (a conceção) até ao fim (a morte natural)”.

O projeto da AMCP para este triénio assenta em três dimensões. A primeira pretende manter a associação a “falar para fora”, já que “são muitos múltiplos os desafios que atentam contra a dignidade humana”. A AMCP pretende também continuar a “falar para dentro, promovendo uma recta formação das consciências, de acordo com o magistério da Igreja”. Um terceiro propósito da Direcção Nacional prende-se com o crescimento da própria associação: no momento actual tem mais de 700 associados de todo o país, entre médicos e estudantes de medicina.