Arquidiocese de Braga -

13 abril 2021

Vaticano promove simpósio internacional dedicado ao sacerdócio

Fotografia Vatican Media

DACS com Vida Nueva Digital

O congresso teológico será “aberto a todos”, embora seja sobretudo dirigido aos bispos. Celibato poderá ser abordado, mas não é "questão fundamental".

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O Vaticano decidiu analisar em profundidade a situação actual do sacerdócio. De 17 a 19 de Fevereiro de 2022, se a pandemia permitir, será realizado em Roma um simpósio internacional subordinado ao tema “Por uma teologia fundamental do sacerdócio”.

Organizado pela Congregação para os Bispos, o encontro, apresentado pelo Cardeal Marc Ouellet, prefeito do referido Dicastério, pretende responder a uma “questão crucial” do nosso tempo" e assim aprofundar “o sentido da vocação e a importância de comunhão entre as diversas vocações na Igreja”.

O congresso teológico será “aberto a todos”, embora seja sobretudo dirigido aos bispos, e abordará vários temas: desde a actualização pastoral ao ecumenismo, passando pelo papel da mulher, a escassez de vocações, o secularismo, os desafios ideológicos ou as respostas aos movimentos culturais contemporâneos. Questões que produzem "tensões" ou "visões pastorais divergentes" não serão poupadas, reconheceu D. Ouellet.

 

O celibato "não será a questão central"

“Estou bem ciente de que a questão do celibato é importante. Será tratada, mas não será a questão central", disse o cardeal, questionado sobre a possibilidade de diálogo sobre questões como “viri probati”, o diaconato feminino ou o obrigação do celibato sacerdotal.

“Será oferecida uma ampla perspectiva do sacerdócio, partindo do baptismo. O Concílio Vaticano II voltou a colocar o sacerdócio dos baptizados em primeiro plano, embora esta perspectiva ainda não tenha entrado profundamente na vida e na pastoral da Igreja”, comentou D. Ouellet, insistindo que o congresso não será “sobre o celibato sacerdotal, como se esta questão devesse ser abordada de forma fundamental”. 

O prefeito da Congregação para os Bispos destacou, pelo contrário, a importância da sinodalidade, a colaboração de todos os baptizados, leigos, religiosos ou sacerdotes, no anúncio do Evangelho.

“Um simpósio teológico não pretende oferecer soluções práticas a todos os problemas pastorais e missionários da Igreja, mas pode aprofundar verdades que constituem a base da missão da Igreja”, reconheceu o cardeal, para quem este encontro pode oferecer novas propostas que permitem impulsionar “a Igreja sinodal e missionária com que o Papa Francisco sonha”.

 

Artigo adaptado de Vida Nueva Digital.