VI Domingo Comum - Se quiseres, podes curar-me! Quero: fica limpo.
Balasar (Santa Eulália)
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Oração e Catequese em Família
VI Domingo Comum
Família, Igreja doméstica
Local da celebração e catequese
Na sala onde temos uma mesa (altar) com a Bíblia aberta da passagem do Evangelho, um Crucifixo e uma vela.
Aconselhamos a fazer a oração e catequese ao Domingo antes da refeição (caso seja possível)
No fim, fazer a refeição com alegria e convívio
Momento de Oração
Ato de Perdão
Palavra de Deus
(Ler pela Bíblia)
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos: (1, 40-45)
Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe:
«Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse:
«Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.
Reflexão catequética
O que diz o texto?
[Dialogar sobre os pormenores do texto, por exemplo: dividir o texto conforme as cenas; onde se passa cada uma; quais são os acontecimentos referidos; quem são os personagens; o que fazem e dizem os personagens]
Reflexão
“Se quiseres, podes curar-me”. Eis o pedido que hoje escutamos: «se quiseres, podes curar-me». De uma forma ou de outras, encontramo-nos todos feridos pela doença. Pensávamos que estava distante. Num ápice, multiplicaram-se os contagiados. Muitas mortes. Somos convidados ao isolamento. Porém, como luz e bálsamo, a mesma fé de circunstâncias semelhantes passadas emerge agora. É ela que faz brotar do coração de cada crente esta constatação humilde: «se quiseres, podes curar-me». É um ato de confiança e de liberdade, a única oração adequada nos lábios de quem, apesar de tudo, não esquece que Cristo salva. Sim. Jesus veio para salvar.
“Quero: Fica limpo”. As palavras de Jesus não são a resposta a um pedido, são antes um desejo que precede o advento da doença: o desejo de dar vida plena. “ Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. E, tocando-o, restitui-lhe a limpidez. Eis o querer do nosso Deus: que em Cristo readquiramos a semelhança divina. Aquele mesmo estado das origens. Com a cura, Jesus reintroduz o leproso na vida social, na comunhão pública. Pode, como novo, correr pelos caminhos, andar pelas praças, cumprimentar quem passa, entrar nas sinagogas e no templo, abrir as portas da sua casa a tantos. O encontro com Cristo derrubou-lhe os bloqueios sanitários e sociais, por meio de um trabalho vivificante que trespassa toda a história. Jesus não cura apenas a doença da lepra. Cura todas as outras doenças. Restitui a dignidade humana, perdida pela doença da lepra.
A Doença
A experiência da doença faz-nos sentir a nossa vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade natural do outro. Torna ainda mais nítida a nossa condição de criaturas, experimentando de maneira evidente a nossa dependência de Deus. De facto, quando estamos doentes, a incerteza, o temor e, por vezes, o pavor impregnam a mente e o coração; encontramo-nos numa situação de impotência, porque a saúde não depende das nossas capacidades.
A doença obriga a questionar-se sobre o sentido da vida; uma pergunta que, na fé, se dirige a Deus. Nela, procura-se um significado novo e uma direção nova para a existência e, por vezes, pode não encontrar imediatamente uma resposta. Os próprios amigos e familiares nem sempre são capazes de nos ajudar nesta busca.
Papa Francisco
“A atual pandemia colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes. Viu-se que, aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa. Isto depende das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade. O investimento de recursos nos cuidados e assistência das pessoas doentes é uma prioridade ditada pelo princípio de que a saúde é um bem comum primário. Ao mesmo tempo, a pandemia destacou também a dedicação e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas: com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. Uma série silenciosa de homens e mulheres que optaram por fixar aqueles rostos, ocupando-se das feridas de pacientes que sentiam como próximo em virtude da pertença comum à família humana.
Queridos irmãos e irmãs, o mandamento do amor, que Jesus deixou aos seus discípulos, encontra uma realização concreta também no relacionamento com os doentes. Uma sociedade é tanto mais humana quanto melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma eficiência animada por amor fraterno. Tendamos para esta meta, procurando que ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado”. (Menagem para o Dia Mundial do Doente)
Ide e curai (Mt 10,8)
“Por onde andardes, anunciai que o Reino dos Céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebeste de graça, dai de graça”.
Este, o mandato de Jesus. Envia a anunciar a Boa Nova. Anunciar a Nova passa por curar os doentes. O amor ao próximo tem que se manifestar em obras concretas: as obras de misericórdia.
Compromisso para a vida – Jovens e adultos
Cuidar do próximo
Neste ano pastoral e, de um modo particular nesta Quaresma, somos convidados a meditar e viver a parábola do Bom Samaritano. Paróquia Samaritana é o desafio. “Vai e Faz também”, (Lc 10,30) assim respondeu Jesus ao doutor da lei.
Neste Domingo, em que celebrámos na paróquia o dia do doente, não nos esqueçamos dos doentes. Façamos uma obra de misericórdia, vivendo a virtude da Caridade. Não podemos fazer uma visita física, façamos uma visita telefónica.
Um dia posso ser eu, ou tu, a precisar de uma obra de misericórdia.
Cuidar do Próximo. É o convite que o nosso Arcebispo D. Jorge nos faz na sua mensagem para a Quaresma. Saibamos ler e escutar.
Podem encontrá-la neste site
Atividades catequéticas
Crianças e Adolescentes
Depois de explicar e meditar na Palavra de Deus, as crianças e adolescentes são convidadas a fazer o desenho e a actividade da folha da Infância Missionária
Fazer o Puzzle em família
Oração
Refrão: Sois o meu refúgio, Senhor; dai-me a alegria da vossa salvação.
Feliz daquele a quem foi perdoada a culpa
e absolvido o pecado.
Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade
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