Arquidiocese de Braga -

12 fevereiro 2021

VI Domingo Comum - Se quiseres, podes curar-me! Quero: fica limpo.

Fotografia

Balasar (Santa Eulália)

\n

Oração e Catequese em Família

VI Domingo Comum 

Família, Igreja doméstica

 

Local da celebração e catequese

Na sala onde temos uma mesa (altar) com a Bíblia aberta da passagem do Evangelho, um Crucifixo e uma vela.

Aconselhamos a fazer a oração e catequese ao Domingo antes da refeição (caso seja possível)

No fim, fazer a refeição com alegria e convívio

 

Momento de Oração

Ato de Perdão

 

Palavra de Deus

(Ler pela Bíblia)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos: (1, 40-45)

 

Naquele tempo, veio ter com Jesus um leproso. Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe:

«Se quiseres, podes curar-me». Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse:

«Quero: fica limpo». No mesmo instante o deixou a lepra e ele ficou limpo.

Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem: «Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho».

Ele, porém, logo que partiu, começou a apregoar e a divulgar o que acontecera, e assim, Jesus já não podia entrar abertamente em nenhuma cidade. Ficava fora, em lugares desertos, e vinham ter com Ele de toda a parte.

 

Reflexão catequética

O que diz o texto? 

[Dialogar sobre os pormenores do texto, por exemplo: dividir o texto conforme as cenas; onde se passa cada uma; quais são os acontecimentos referidos; quem são os personagens; o que fazem e dizem os personagens]

 

Reflexão

“Se quiseres, podes curar-me”. Eis o pedido que hoje escutamos: «se quiseres, podes curar-me». De uma forma ou de outras, encontramo-nos todos feridos pela doença. Pensávamos que estava distante. Num ápice, multiplicaram-se os contagiados. Muitas mortes. Somos convidados ao isolamento. Porém, como luz e bálsamo, a mesma fé de circunstâncias semelhantes passadas emerge agora. É ela que faz brotar do coração de cada crente esta constatação humilde: «se quiseres, podes curar-me». É um ato de confiança e de liberdade, a única oração adequada nos lábios de quem, apesar de tudo, não esquece que Cristo salva. Sim. Jesus veio para salvar. 

 

“Quero: Fica limpo”. As palavras de Jesus não são a resposta a um pedido, são antes um desejo que precede o advento da doença: o desejo de dar vida plena. “ Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”. E, tocando-o, restitui-lhe a limpidez. Eis o querer do nosso Deus: que em Cristo readquiramos a semelhança divina. Aquele mesmo estado das origens. Com a cura, Jesus reintroduz o leproso na vida social, na comunhão pública. Pode, como novo, correr pelos caminhos, andar pelas praças, cumprimentar quem passa, entrar nas sinagogas e no templo, abrir as portas da sua casa a tantos. O encontro com Cristo derrubou-lhe os bloqueios sanitários e sociais, por meio de um trabalho vivificante que trespassa toda a história. Jesus não cura apenas a doença da lepra. Cura todas as outras doenças. Restitui a dignidade humana, perdida pela doença da lepra.

 

A Doença

A experiência da doença faz-nos sentir a nossa vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a necessidade natural do outro. Torna ainda mais nítida a nossa condição de criaturas, experimentando de maneira evidente a nossa dependência de Deus. De facto, quando estamos doentes, a incerteza, o temor e, por vezes, o pavor impregnam a mente e o coração; encontramo-nos numa situação de impotência, porque a saúde não depende das nossas capacidades.

A doença obriga a questionar-se sobre o sentido da vida; uma pergunta que, na fé, se dirige a Deus. Nela, procura-se um significado novo e uma direção nova para a existência e, por vezes, pode não encontrar imediatamente uma resposta. Os próprios amigos e familiares nem sempre são capazes de nos ajudar nesta busca.

 

Papa Francisco

“A atual pandemia colocou em evidência tantas insuficiências dos sistemas sanitários e carências na assistência às pessoas doentes. Viu-se que, aos idosos, aos mais frágeis e vulneráveis, nem sempre é garantido o acesso aos cuidados médicos, ou não o é sempre de forma equitativa. Isto depende das opções políticas, do modo de administrar os recursos e do empenho de quantos revestem funções de responsabilidade. O investimento de recursos nos cuidados e assistência das pessoas doentes é uma prioridade ditada pelo princípio de que a saúde é um bem comum primário. Ao mesmo tempo, a pandemia destacou também a dedicação e generosidade de profissionais de saúde, voluntários, trabalhadores e trabalhadoras, sacerdotes, religiosos e religiosas: com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, ajudaram, trataram, confortaram e serviram tantos doentes e os seus familiares. Uma série silenciosa de homens e mulheres que optaram por fixar aqueles rostos, ocupando-se das feridas de pacientes que sentiam como próximo em virtude da pertença comum à família humana. 

Queridos irmãos e irmãs, o mandamento do amor, que Jesus deixou aos seus discípulos, encontra uma realização concreta também no relacionamento com os doentes. Uma sociedade é tanto mais humana quanto melhor souber cuidar dos seus membros frágeis e atribulados e o fizer com uma eficiência animada por amor fraterno. Tendamos para esta meta, procurando que ninguém fique sozinho, nem se sinta excluído e abandonado”. (Menagem para o Dia Mundial do Doente)

 

Ide e curai (Mt 10,8)

“Por onde andardes, anunciai que o Reino dos Céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebeste de graça, dai de graça”.

Este, o mandato de Jesus. Envia a anunciar a Boa Nova. Anunciar a Nova passa por curar os doentes. O amor ao próximo tem que se manifestar em obras concretas: as obras de misericórdia.

 

Compromisso para a vida – Jovens e adultos

Cuidar do próximo

Neste ano pastoral e, de um modo particular nesta Quaresma, somos convidados a meditar e viver a parábola do Bom Samaritano. Paróquia Samaritana é o desafio. “Vai e Faz também”, (Lc 10,30) assim respondeu Jesus ao doutor da lei.

Neste Domingo, em que celebrámos na paróquia o dia do doente, não nos esqueçamos dos doentes. Façamos uma obra de misericórdia, vivendo a virtude da Caridade. Não podemos fazer uma visita física, façamos uma visita telefónica.

Um dia posso ser eu, ou tu, a precisar de uma obra de misericórdia.

 

Cuidar do Próximo. É o convite que o nosso Arcebispo D. Jorge nos faz na sua mensagem para a Quaresma. Saibamos ler e escutar. 

Podem encontrá-la neste site

 

Atividades catequéticas

Crianças e Adolescentes

Depois de explicar e meditar na Palavra de Deus, as crianças e adolescentes são convidadas a fazer o desenho e a actividade da folha da Infância Missionária

Fazer o Puzzle em família

 

Oração 

 

Refrão: Sois o meu refúgio, Senhor; dai-me a alegria da vossa salvação.

 

Feliz daquele a quem foi perdoada a culpa

e absolvido o pecado.

Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de iniquidade

e em cujo espírito não há engano.

 

Confessei-vos o meu pecado

e não escondi a minha culpa.

Disse: Vou confessar ao Senhor a minha falta

e logo me perdoastes a culpa do pecado.

 

Vós sois o meu refúgio, defendei-me dos perigos,

fazei que à minha volta só haja hinos de vitória.

Alegrai-vos, justos, e regozijai-vos no Senhor,

exultai, vós todos os que sois retos de coração.

 

Material de Apoio Catequese Infantil: Domingo Missionário.pdf